NOVO GOVERNO

Mercadante diz não haver verba para E-gov, que corre risco de paralisação

"O governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro", emendou Aloizio Mercadante, coordenador dos grupos técnicos de transição

Ingrid Soares
postado em 06/12/2022 17:28 / atualizado em 06/12/2022 17:29
 (crédito: Juca Varella)
(crédito: Juca Varella)

Coordenador dos Grupos Técnicos (GTs) de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aloizio Mercadante afirmou nesta terça-feira (6/12) que não há recursos no Orçamento de 2023, encaminhado pelo atual governo, para o E-gov, governo digital, site que unifica os canais digitais de serviços públicos prestados à sociedade pela internet. Ele afirmou ainda que o governo de Jair Bolsonaro (PL) quebrou o Estado brasileiro”.

As declarações ocorreram durante coletiva do grupo técnico de Planejamento, Orçamento e Gestão no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. “O diagnóstico do governo de transição é que o governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro. O que estamos vendo é que serviços essenciais ou já estão paralisados ou correm grande risco de serem totalmente comprometidos. O governo digital é uma forma de aumentar a eficiência, melhorar a qualidade dos serviços da sociedade. O E-gov é um instrumento fundamental para empresas, pequenos empresários e para o cidadão. Paralisar o serviço dele tem consequências muito graves. Não tem recurso no orçamento do ano que vem para o E-gov e nós já estamos com problema porque você não está mantendo os contratos que assegura esses serviços”.

Dídiva de R$ 5 bilhões

Mercadante apontou ainda que a política externa do Brasil na atual gestão transformou o país em um "pária" que deve R$ 5 bilhões a órgãos internacionais.

“A política externa do governo transformou o Brasil num pária, mas não é só o pária, é um pária que deve R$ 5 bilhões a organismos. Isso significa que o Brasil será excluído desses fóruns, não vai ter direito a voto, não vai ter direito a participação, não tem direito ao conselho das nações. É uma dívida pesada e também não tem previsão orçamentária’.

Integrante do grupo, Esther Dweck reforçou que não há recursos para o E-gov. "Em algumas áreas, uma delas o governo digital, o orçamento não acompanhou. O 'gov.br' tem uma série de serviços prestados à população. O orçamento não acompanhou a demanda crescente", concluiu.

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