ATOS TERRORISTAS

Ex-ministro do GSI sobre críticas de Lula a militares: "Profunda covardia"

General da reserva Sérgio Etchegoyen comentou a critica feita pelo presidente Lula aos militares: "Velha técnica de procurar culpados, de achar alguém para pagar o pato por aquilo"

Mariana Albuquerque*
postado em 19/01/2023 10:08 / atualizado em 19/01/2023 10:09
 (crédito: Cesar Itibere/PR)
(crédito: Cesar Itibere/PR)

Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Michel Temer, o general da reserva Sérgio Etchegoyen afirmou que as declarações do presidente Luiz Inácio  Lula da Silva (PT) sobre as Forças Armadas mostram "profunda covardia" e não pacificam o país nem o meio militar.

O general fez referência ao encontro de Lula com jornalistas na semana posterior aos ataques terroristas, no qual o presidente afirmou que houve "muita gente das Forças Armadas aqui de dentro conivente" com os atos golpistas de 8 de janeiro.

"Um presidente da República, comandante supremo das Forças Armadas, que vai à imprensa dizer que não confia nas suas Forças Armadas, sabe desde já que nenhum general vai convocar uma coletiva para responder à ofensa. Então, isso é um ato de profunda covardia. Porque ele sabe que ninguém vai responder", afirmou em entrevista à TV Pampa, na última terça-feira (17/1).

"Velha técnica de procurar culpados, de achar alguém para pagar o pato por aquilo. Não vai ser tendo acusações ou ouvindo desaforos do comandante supremo que ele terá o respeito das Forças Armadas. É a minha opinião", concluiu o general. 

Etchegoyen levantou também, na entrevista, que as Forças Armadas são baseadas na hierarquia e na disciplina e não romperão seus critérios para rebater críticas. 

Porta aberta

O presidente Lula disse na última quinta-feira (12/1), durante um café com jornalistas, estar convencido de que as portas do Palácio do Planalto foram deliberadamente abertas durante a invasão e depredação ocorrida na Praça dos Três Poderes.

“Ainda não conversei com as pessoas a respeito disso, esperando a poeira baixar. Quero ver todas as fitas. Teve muita gente conivente, da Polícia Militar, das Forças Armadas. Estou convencido de que a porta do Planalto foi aberta e vamos, com muita calma, investigar”, apontou na ocasião.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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