8 de janeiro

Amigos e familiares de Torres participam de missa pela saúde do ex-ministro

Em celebração religiosa organizada pela família do ex-ministro, houve ausência de parlamentares e apoiadores bolsonaristas. Padre confirmou que Torres está fragilizado

Tainá Andrade
postado em 30/04/2023 21:11
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Pres)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Pres)

Uma missa em ação de graças "pela vida e saúde" de Anderson Torres foi realizada, neste domingo (30/4), em uma igreja católica de Brasília, na 615 Sul. Dos parlamentares bolsonaristas, somente a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) esteve presente. Além dela, o jurista Ives Gandra, a família de Anderson Torres e amigos, como delegados aposentados da Polícia Federal (PF) estiveram na celebração.

Segundo a defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Governo do Distrito Federal (GDF), seu estado de saúde está fragilizado na prisão, o que foi confirmado pelo Frei Rogério, pároco que comandou a missa para a família Torres. “Eu estive com Anderson na sexta-feira (28) e ele está muito fragilizado”, afirmou. “Quem é temente a Deus não quer dizer que não terá adversidades”, completou o religioso, dirigindo-se à família, ao fazer a homilia.

A visita do Frei na prisão não foi somente a Anderson, ele explicou que realiza um trabalho há 20 anos com o Grupo Carcerário da igreja, por isso esteve junto também com os presos pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

Antes de a missa ser encerrada, a irmã do ex-ministro, Patrícia Torres, foi à frente da igreja para agradecer a todos os presentes. Disse que é um momento triste para a família, mas que o próprio Anderson, ao saber da homenagem, se emocionou. “Que Deus toque o coração das pessoas que podem mudar essa situação”, comentou.

A senadora Damares Alves disse ao Correio que esteve na missa por amor. “Muito amor pelo Anderson, admiração pelo trabalho dele e respeito pela família”, declarou. Os familiares não quiseram falar com a reportagem.

Um grupo de cinco a seis amigos da PF também compareceram à missa. Eles são os responsáveis por uma carta que defende os valores éticos e morais do ex-ministro e secretário. O documento foi assinado por 116 delegados e delegadas aposentados da corporação.

“Todos sabemos que a sua intransigência quanto ao culto aos objetivos fundamentais da nossa República foi de grande valia para a manutenção harmoniosa da independência dos Poderes da União, em momentos aparentemente de ideais divergentes ocorrido no governo que lhe confiou a pasta da Justiça”, afirma um trecho da carta.

“Nos minutos finais dessa sua jornada retirou de cena, numa demonstração de férrea disciplina profissional, todos os embaraços que pudessem ditar rumos alheios à sua idônea perspectiva sobre a soberania da vontade popular, que é a preservação do nosso Estado Democrático de Direito”, completou.

Torres está preso preventivamente no 4° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desde 14 de janeiro, acusado de omissão referente aos ataques golpistas na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Na sexta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a sua transferência para o presídio federal da Papuda.

Segundo a sua defesa, ele estaria passando por uma depressão. Um laudo psiquiátrico, assinado por um profissional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), foi entregue à Justiça.

O documento, revelado pela colunista do Correio, Ana Maria Campos, Anderson está extremamente deprimido, emagreceu mais de 10kg, e tem tomado medicação forte para se manter equilibrado.

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