COLIGAÇÃO

Republicanos é hoje um partido de esquerda, diz Eduardo Bolsonaro

A declaração, dada em São José do Rio Preto vem no momento em que o próprio chefe do Executivo paulista demonstrou insatisfação com a entrada da sigla no apoio a Lula.

Agência Estado
postado em 11/08/2023 22:12 / atualizado em 11/08/2023 23:13
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirma que Jair Bolsonaro (PL) não pode ordenar que os seus apoiadores saíssem de frente dos quartéis para não sinalizar que ele liderava aqueles que invadiram os prédio da praça dos Três Poderes
 -  (crédito: Reprodução/Youtube Pânico Jovem Pan)
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirma que Jair Bolsonaro (PL) não pode ordenar que os seus apoiadores saíssem de frente dos quartéis para não sinalizar que ele liderava aqueles que invadiram os prédio da praça dos Três Poderes - (crédito: Reprodução/Youtube Pânico Jovem Pan)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o Republicanos, legenda que hoje abriga o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é "um partido de esquerda".

A declaração, dada em coletiva em São José do Rio Preto, onde esteve para receber uma homenagem na Câmara da cidade, vem no momento em que o próprio chefe do Executivo paulista demonstrou insatisfação com a entrada da sigla na base de apoio do governo Lula. Tarcísio chegou a falar em "avaliar" uma possível saída do partido se isso acontecer.

"Eu avalio hoje que o Republicanos é um partido de esquerda", afirmou Eduardo Bolsonaro, afirmando que a sigla se alinha a um governo que, em sua visão, dá apoio a pautas de legalização de drogas e do aborto, "colocando adiante todo tipo de pauta que é contrária aos ensinamentos bíblicos". "Não dá mais para dizer que o Republicanos é um partido que se atenta com relação a essas pautas que eu acredito ser o desejo dos cristãos", disparou, em referência à legenda ligada à igreja Universal.

Eduardo Bolsonaro lembrou da troca de membros da CPI do MST em articulação com o governo, e ainda lembrou que, por ocupar um cargo de Executivo e estar livre da regra da fidelidade partidária, Tarcísio de Freitas poderia deixar a sigla quando achasse conveniente.

"Ele pode fazê-lo quando bem entender, pois é governador. Ao contrário de nós que somos deputados federal, estadual, que a gente tem a questão da fidelidade partidária, a gente só pode mudar de partido em março do ano eleitoral, o Tarcísio pode mudar quando ele bem entender", disse, mirando as críticas diretamente no presidente do Republicanos, Marcos Pereira, um antigo aliado do bolsonarismo.

"Cabe ao Marcos Pereira e às lideranças do Republicanos dizerem o que levou eles a mudarem de opinião e apoiarem o governo federal", disse.

O Republicanos está em negociações com o governo e já tem até um nome indicado para assumir um ministério: o deputado federal Silvio Costa Filho (PE). O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já chegou a dizer abertamente que Lula escolheu Silvio Costa Filho, assim como André Fufuca (PP-MA) como integrantes da Esplanada, faltando definir apenas quais pastas ocuparão.

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