O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, garantiu, nesta quarta-feira (7/2), que não há razão para se questionar o cumprimento dos acordos políticos por parte do governo. A posição de Costa responde ao discurso de abertura do ano legislativo, na última segunda-feira (5), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que cobrou do governo o cumprimento dos acordos que fizer.
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"O acordo que fizemos foi cumprido, que foi incorporar emendas de comissão em R$ 11 bilhões. O que foi colocado além disso não faz parte do acordo", disse o ministro, nesta quarta-feira, em São Paulo, em uma conferência organizada pelo BTG Pactual.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, em janeiro, o Orçamento de 2024, vetando R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão do Congresso. O valor aprovado pelo parlamento foi de R$ 16,6, mas Costa garante que acordou diretamente com Lira um valor menor, de R$ 11 bilhões.
“Não tem polêmica sobre R$ 5.6 bi. Eu participei no final do ano de um diálogo direto com o presidente da Câmara, o acordo que nós fizemos foi cumprido ", disparou Costa.
O ministro demonstrou algum incômodo até mesmo com o valor menor, originalmente negociado no compromisso com Lira. "Os R$ 11 bilhões já são bastante, é metade da capacidade de investimento discricionário do Brasil. Qual parlamento no mundo tem metade da capacidade de investimento discricionário de um país?", perguntou o ministro.
“O interesse nacional deve se sobrepor a eventuais diferenças pessoais, ou vaidades pessoais, seja quem for, é fundamental colocar o interesse na nação e quanto mais transparente e aberto for o debate, melhor”, completou o ministro.
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