OPERAÇÃO

PF encontra minuta para decretar GLO e estado de sítio na sede do PL

Documento tinha texto pronto para ser decretado pelo presidente Jair Bolsonaro após as eleições

Presidente Jair Bolsonaro -  (crédito: Isac Nobrega/PR)
Presidente Jair Bolsonaro - (crédito: Isac Nobrega/PR)
postado em 08/02/2024 17:16 / atualizado em 08/02/2024 17:49

A Polícia Federal encontrou uma minuta para um golpe de Estado na sede do Partido Liberal, no Setor Hoteleiro Sul de Brasília, durante as ações de busca e apreensão da operação deflagrada nesta quinta-feira (08). As diligências foram lançadas para aprofundar as investigações sobre uma tentativa de golpe que envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus aliados e militares de alta patente.

A intenção seria alegar que ocorreu fraude nas eleições de 2022 e com isso, Bolsonaro decretariaGarantia da Lei e da Ordem na região do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na capital federal, e, ainda, Estado de sítio, alegando que as irregularidades eleitorais criariam risco de instabilidade no país e colocaria a segurança nacional em fragilidade, de acordo com fontes na corporação.

Trecho da minuta do golpe encontrada na sede do PL
Trecho da minuta do golpe encontrada na sede do PL (foto: material cedido ao Correio)

A informação sobre a nova minuta do golpe achada na sede do partido foi publicada pelo jornalista Plínio Aguiar, do R7 e confirmada por fontes consultadas pelo Correio. O documento é diferente do encontrado na casa do ex-ministro Anderson Torres e no celular do tenente-coronel Mauro Cid, mas apresenta algumas semelhanças. A minuta não estava assinada. 

“Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, diz um trecho do documento.

A Operação Tempus Veritatis cumpre mandados de busca e apreensão contra 33 alvos, entre eles, os generais Walter Braga Neto e Augusto Heleno. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

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