SAÚDE PÚBLICA

Deputado Doutor Luizinho defende "marco legal" para vacinação contra a dengue

O parlamentar criticou a gestão do Ministério da Saúde pela baixa cobertura vacinal

Doutor Luizinho (PP-RJ), deputado federal, participou do evento
Doutor Luizinho (PP-RJ), deputado federal, participou do evento "Dengue, uma luta de todos" realizado nesta quinta-feira (29/2) no Correio Braziliense - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

O deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ) defendeu que a vacinação contra a dengue seja disponibilizada para toda a sociedade em até dois anos. Ele participa do último painel do CB Debate Dengue, uma luta de todos, que ocorre nesta quinta-feira (29/2) na sede do Correio.

“A gente tem um avanço, do ponto de vista tecnológico, que é a vacina para a dengue. O governo federal acabou retardando essa incorporação e a aquisição da vacina da dengue. O que temos que fazer é que o ministério incorpore a vacinação para a toda a população brasileira, em todos os locais e todas as faixas etárias”, defendeu o parlamentar. O laboratório Takeda, que fabrica a Qdenga, possui limitação de produção.

Desde que a vacina foi anunciada, o Ministério de Saúde pontuou essa questão e montou estratégia de priorização de certos municípios. Antes comercializada também para a rede privada, a Takeda fez convênio com o ministério para, a partir de agora, fabricar somente para o Sistema Único de Saúde (SUS). Outro ponto importante, é que a vacina ainda não foi testada para todas as faixas etárias.

De acordo com Doutor Luizinho, o ministério da Saúde teria “esperado” a vacina do Instituto Butantan ficar pronta e, por isso, não incorporou a vacina da Takeda ainda no ano passado. A Anvisa aprovou o imunizante em março de 2023.

Ele ainda relembrou que, na pandemia, houve a parceria da Fiocruz na produção da Astrazeneca “quando nem tinha vacina”. “Se a gente tem saída com a vacina da dengue, o que falta para fazer parceria estatal para produzi-la no Brasil?”, questionou. Ele sugeriu, então, uma articulação com o Instituto Butantan e a Fiocruz. Desde o início deste ano, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, já tem feito reuniões com os dois laboratórios citados.

Ele ainda citou possível “marco legal” por parte do Congresso Nacional, caso o ministério não disponibilize vacina para todos em até dois anos. "Precisamos de mobilização, campanha de esclarecimento. Entramos com uma campanha publicitária no meio da epidemia”, criticou ainda o parlamentar. O movimento do D, que ocorre no próximo sábado (2/3), iniciou a campanha nesta semana.

“Neste momento, temos que evitar óbito, organizar o nosso atendimento. Claro que a gente tem que fazer a procura domiciliar dos focos de mosquito, sensibilizar, mas nós já estamos vivendo uma epidemia. Precisamos preparar a nossa rede assistencial. Evitar que no ano que vem ela volte e se repita, assim como ela se repete todos os anos”, finalizou.

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postado em 29/02/2024 14:24
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