O deputado federal Doutor Luizinho (PP-RJ) defendeu que a vacinação contra a dengue seja disponibilizada para toda a sociedade em até dois anos. Ele participa do último painel do CB Debate Dengue, uma luta de todos, que ocorre nesta quinta-feira (29/2) na sede do Correio.
“A gente tem um avanço, do ponto de vista tecnológico, que é a vacina para a dengue. O governo federal acabou retardando essa incorporação e a aquisição da vacina da dengue. O que temos que fazer é que o ministério incorpore a vacinação para a toda a população brasileira, em todos os locais e todas as faixas etárias”, defendeu o parlamentar. O laboratório Takeda, que fabrica a Qdenga, possui limitação de produção.
Desde que a vacina foi anunciada, o Ministério de Saúde pontuou essa questão e montou estratégia de priorização de certos municípios. Antes comercializada também para a rede privada, a Takeda fez convênio com o ministério para, a partir de agora, fabricar somente para o Sistema Único de Saúde (SUS). Outro ponto importante, é que a vacina ainda não foi testada para todas as faixas etárias.
- Rodrigo Gurgel propõe estratégia "cavalo de troia" contra Aedes aegypti
- Ministério da Saúde crê em pico de casos da dengue no país a partir de março
- Dengue: "A minha maior missão é evitar mortes", diz secretária de Saúde
De acordo com Doutor Luizinho, o ministério da Saúde teria “esperado” a vacina do Instituto Butantan ficar pronta e, por isso, não incorporou a vacina da Takeda ainda no ano passado. A Anvisa aprovou o imunizante em março de 2023.
Ele ainda relembrou que, na pandemia, houve a parceria da Fiocruz na produção da Astrazeneca “quando nem tinha vacina”. “Se a gente tem saída com a vacina da dengue, o que falta para fazer parceria estatal para produzi-la no Brasil?”, questionou. Ele sugeriu, então, uma articulação com o Instituto Butantan e a Fiocruz. Desde o início deste ano, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, já tem feito reuniões com os dois laboratórios citados.
Ele ainda citou possível “marco legal” por parte do Congresso Nacional, caso o ministério não disponibilize vacina para todos em até dois anos. "Precisamos de mobilização, campanha de esclarecimento. Entramos com uma campanha publicitária no meio da epidemia”, criticou ainda o parlamentar. O movimento do D, que ocorre no próximo sábado (2/3), iniciou a campanha nesta semana.
“Neste momento, temos que evitar óbito, organizar o nosso atendimento. Claro que a gente tem que fazer a procura domiciliar dos focos de mosquito, sensibilizar, mas nós já estamos vivendo uma epidemia. Precisamos preparar a nossa rede assistencial. Evitar que no ano que vem ela volte e se repita, assim como ela se repete todos os anos”, finalizou.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br