SAÚDE PÚBLICA

Ministério da Saúde crê em pico de casos da dengue no país a partir de março

Para o diretor Márcio Garcia, pico de casos da dengue no país, além do DF, pode se prolongar até abril. Ele também demonstrou preocupação com mortes de idosos pela doença

Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, citou que governo federal trabalha para dar uma ampla resposta -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, citou que governo federal trabalha para dar uma ampla resposta - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
postado em 29/02/2024 11:56 / atualizado em 29/02/2024 15:38

O diretor do departamento de emergência em saúde pública do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, crê que em mais um pico de casos de dengue no país, agora a partir de março. A previsão é principalmente porque o período é conhecido por registros de chuva em praticamente todas as regiões do Brasil.

Garcia é um dos painelistas do CB. Debate Dengue, uma luta de todos, realizado no auditório do Correio Braziliense, na manhã desta quinta-feira (29/2). O diretor explicou que em algumas unidades da Federação, como Goiás e o próprio Distrito Federal, o cenário de explosão de casos ocorreu de forma bastante antecipada. 

"Quando olhamos Brasil, o pico desses caso é a partir do próximo mês. Estamos prevendo abril e talvez até maio. É importante que nós trabalhe para uma resposta a um potencial emergência. Isso precisa ser proporcional ao tamanho desse problema, além de ser adaptada. Aos poucos, vamos implementar mais ações no combate à dengue", explicou Garcia.

Outro tópico abordado pelo diretor do Ministério da Saúde é sobre pessoas que acabaram morrendo por dengue. O gestor, em um slide apresentado aos demais painelistas, revelou uma tendência que ocorre em praticamente todos os estados: uma curva de óbitos acentuada para pessoas acima de 60 anos. Das 55 mortes registradas no DF, 32 são de idosos acima dos 60.  

"O adulto jovem tem a maior reincidência de casos graves, mas a população que está morrendo é o idoso", explicou. "Este idoso, mais de 60 anos, precisa ser olhado de uma forma mais diferenciada, recebendo orientações do curso da doença. De uma forma geral, orientamos que os agentes comunitários monitorem esses casos ao longe da trajetória da doença", completou Garcia. 

Dados

O último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) revela que 55 pessoas morreram pela doença entre 1° de janeiro e 24 de fevereiro.

Os números constam no boletim epidemiológico. Os dados atualizados pela pasta citam que a capital federal ultrapassou os 100 mil (100.558) casos prováveis da doença. Dos casos, 97,9% são moradores da capital federal, enquanto os demais são residentes de outros estados, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

CB. Debate

O seminário presencial é realizado no auditório do jornal, com transmissão ao vivo no site e nas redes sociais do Correio.

O evento será mediado pelos jornalistas Carlos Alexandre e Adriana Bernardes, ambos do Correio Braziliense. São 14 painelistas confirmados: Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal; Lucilene Florêncio, secretária de Saúde do Distrito Federal; Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde; Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Breno Adaid, pesquisador e professor da Universidade de Brasília (UnB); Doutor Luizinho (PP-RJ), deputado federal; Wildo Navegantes Araújo, professor de epidemiologia da UnB; Allan Bruno de Souza Marques, diretor assistencial do Grupo H Dia; Henrique Valle Lacerda, infectologista do Hospital Brasília da Rede DASA; Marcelo Maia, coordenador médico do CTI do Hospital Anchieta Rede Kora-DF; Rodrigo Gurgel Gonçalves, professor associado da Faculdade de Medicina da UnB; Luciana Mendonça Barbosa, coordenadora do serviço de Neurologia do Hospital Sírio; Zacharias Calil (União-GO), deputado federal; Alexandre Lima Rodrigues da Cunha, coordenador científico da Sociedade de Infectologia do DF, infectologia do Hospital Sírio Libanês e do Laboratório Sabin.

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