INVESTIGAÇÃO

PF tem data para finalizar os inquéritos que envolvem Bolsonaro; veja

A investigação sobre a tentativa de golpe de Estado é considerada por advogados do ex-presidente como a única com potencial de levá-lo à prisão

A primeira investigação sobre Bolsonaro finalizada deve ser sobre a falsificação de certificados do ex-presidente, familiares e ex-assessores -  (crédito: NELSON ALMEIDA / AFP)
A primeira investigação sobre Bolsonaro finalizada deve ser sobre a falsificação de certificados do ex-presidente, familiares e ex-assessores - (crédito: NELSON ALMEIDA / AFP)
postado em 04/03/2024 11:34

A Polícia Federal acredita que os inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderão ser finalizados em quatro meses. Em um dos processos, que investiga a tentativa de golpe de Estado, os investigadores apresentarão o relatório final até julho ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Esse caso é considerado por advogados do ex-presidente como o único com potencial de levá-lo à prisão. As informações são da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.

No entanto, a primeira investigação sobre Bolsonaro finalizada deve ser sobre a falsificação de certificados do ex-presidente, familiares e ex-assessores. Já a segunda será a que apura o caso das joias sauditas que entraram ilegalmente no Brasil.

No último depoimento prestado por Bolsonaro, no dia 22 de fevereiro, o ex-presidente se manteve em silêncio. A oitiva ocorreu no âmbito do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista coletiva na saída da PF, o advogado da equipe de Bolsonaro, Paulo Bueno, alegou que o ex-presidente "nunca foi simpático a qualquer tipo de movimento golpista".

"Esse silêncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do exercício constitucional silêncio, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos pelos quais está sendo imputada ao presidente a prática de certos delitos", apontou.

Bueno acrescentou que a falta de acesso à delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e a conteúdos de mídias obtidas em celulares apreendidos em operações deflagradas pela corporação "impedem que a defesa tenha um mínimo de conhecimento de por quais elementos o presidente é hoje convocado ao depoimento".

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