Caso Marielle Franco

Caso Marielle Franco toma conta de solenidade dos 200 anos do Senado

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP); e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentaram as prisões dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro

Mesmo com sessão solene que marcou o bicentenário do Senado, o grande assunto na Casa nesta segunda-feira (25/3) foram as investigações sobre a morte de Marielle Franco -  (crédito: Renan Olaz/CMRJ)
Mesmo com sessão solene que marcou o bicentenário do Senado, o grande assunto na Casa nesta segunda-feira (25/3) foram as investigações sobre a morte de Marielle Franco - (crédito: Renan Olaz/CMRJ)
postado em 25/03/2024 20:45 / atualizado em 25/03/2024 21:16

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta segunda-feira (25/3), que tem a expectativa de que a “verdade real” sobre o caso Marielle Franco possa aparecer e que todos os responsáveis diretos e indiretos sejam responsabilizados.

Durante a tarde desta segunda, ocorreu, no plenário da Casa, uma sessão solene que marcou o bicentenário do Senado. Porém, ao longo do dia, com o desdobramento no caso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, não se falava de outro tema. Até mesmo o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comentou a prisão dos mandantes do crime.

Rodrigo Pacheco destacou que o assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, foi um “crime bárbaro” e “contra a democracia”. “Que venha essa verdade à tona e os responsáveis sejam, então, submetidos a julgamento. Que se garanta os princípios constitucionais a todos esses investigados, evidentemente, o devido processo legal, o contraditório, ampla defesa, presunção de não culpabilidade. A responsabilidade da prova é das autoridades públicas de produzir as provas.”

“Mas, de fato, desvendar este crime e identificar mandantes é algo que a sociedade espera muito e as instituições também esperam. De maneira que cumprimento todas as autoridades envolvidas e talvez isso seja um marco muito importante na história da repressão à criminalidade organizada no Brasil e a repressão a estes ataques antidemocráticos. Porque esse assassinato foi também uma violação, não só a vida da vereadora e seu motorista, mas uma violação a democracia e ao estado de direito no Brasil”, comentou Pacheco.

O líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), também comentou a prisão do trio que supostamente teriam sido os mandantes do assassinato da veradora: o deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ); do irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Domingos Brazão; e do delegado da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa. Ele definiu o momento como o fim de uma "angústia".

“Acho que foi a mais angustiante pergunta que foi vivida por todos os brasileiros, em especial por todos nós que fomos companheiros de Marielle nos últimos anos. E, sobretudo, é uma vitória da sociedade brasileira contra o crime”, declarou Randolfe.

O parlamentar avaliou como significativo que o crime não teve resolução nos últimos cinco anos e “em 1 ano e dois meses de nosso governo ter tido uma solução para esse crime”.

“Por um lado, é uma resposta a uma angústia. É, por outro lado, uma triste constatação da contaminação do crime organizado sobre as instituições políticas e é, por fim, o resultado de como funciona um governo, de como um governo pode funcionar para combater o crime organizado”, comentou Randolfe.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ressaltou que as instituições têm autonomia para suas ações e avaliou este fator como central para o desdobramento do caso que culminou na prisão dos três mandantes apontados pela investigação da Polícia Federal (PF).

“Agora, curso normal no Judiciário. Nós queremos é que os responsáveis, todos eles, os mandantes, executores do assassinato da Marielle e do Anderson sejam devidamente punidos”, pontuou o ministro.

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