Investigação

Pai de Mauro Cid presta depoimento à Polícia Federal, em Brasília

Oitiva acontece nesta terça-feira (26/3) no âmbito de inquérito que apura a venda nos EUA de joias sauditas doadas a Bolsonaro

Lourena Cid é investigado em ação que apura venda irregular de joias sauditas recebidas pelo ex-presidente e vendidas nos EUA -  (crédito: Roberto Oliveira/Alesp)
Lourena Cid é investigado em ação que apura venda irregular de joias sauditas recebidas pelo ex-presidente e vendidas nos EUA - (crédito: Roberto Oliveira/Alesp)
postado em 26/03/2024 15:42 / atualizado em 26/03/2024 15:46

A Polícia Federal ouve nesta terça-feira (26/3) o general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, no inquérito que apura a venda, nos Estados Unidos, de joias sauditas doadas à Presidência da República.

As investigações apontam que as joias foram comercializadas em 2022. Elas haviam sido entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro, durante o mandato dele, em uma viagem realizada para a Arábia Saudita em 2019. No entanto, por estar no exercício do cargo, os presentes para Bolsonaro deveriam ter sido incorporados ao patrimônio da União.

O kit de joias era composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico. O general Mauro César aparece em uma foto identificada pela Polícia Federal em frente à caixa de joias, refletido em uma das partes do objeto.

PF identificou o rosto do general da reserva Mauro César Lourena Cid no reflexo da fotografia usada para negociar esculturas, nos EUA
O general Mauro Cesar aparece em uma foto identificada pela Polícia Federal em frente a caixa de jóias. Ele aparece refletido em uma das partes do objeto, ao tirar uma foto dos itens (foto: PF/Reprodução)
 

Lourena Cid seria o responsável por negociar as pedras preciosas. A foto seria para enviar a uma loja especializada, para avaliação dos valores. Ele ocupava, à época, um cargo no escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex, em Miami. O pai de Mauro Cid foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), na década de 1970.

A Polícia Federal vê ligação entre a venda de joias, falsificação nos cartões de vacinação de Bolsonaro e familiares e a tentativa de golpe de Estado que resultou nos atentados de 8 de janeiro, em Brasília.

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