O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, criticou nesta quinta-feira (4/7) a retirada das armas do Imposto Seletivo, mais conhecido como o "imposto do pecado".
A decisão consta no relatório do Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que discute a reforma tributária, divulgado hoje. Alckmin defendeu o desarmamento, e disse que "é muito melhor desonerar comida do que os armamentos".
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"Eu só quero dizer que eu sou contra tirar arma do Imposto Seletivo. Você tem que desonerar comida. É muito melhor desonerar comida. Agora, tirar do Imposto Seletivo arma... Está mais do que provado que, quanto mais arma tem, mas homicídio tem", declarou o vice-presidente a jornalistas, após evento para entrega de 280 ambulâncias em Salto, interior de São Paulo.
Desarmamento
Hoje, o GT da reforma tributária divulgou seu relatório, com mudanças no projeto de regulamentação enviado pelo governo federal. O grupo chegou a considerar incluir as armas no Imposto Seletivo, com apoio da base governista, mas a ideia não prosperou. Entre as mudanças feitas estão a inclusão das apostas on-line e carros elétricos no "imposto do pecado", que aumenta a tributação sobre itens como cigarros.
"São Paulo tinha 13 mil assassinatos por ano, por volta de 2001. Baixamos para 12, 11, 10, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três... No ano passado, foram 2.605 assassinatos, homicídios dolosos. Eficiência da polícia, investigação, sistema prisional, ação social, um conjunto de medidas. E uma delas foi tirar armas, desarmamento", argumentou Alckmin, que já governou o estado de São Paulo.
"Quem tem que estar armado é a polícia. Profissional. Arma na mão de leigo é uma temeridade. Sou totalmente favorável que se inclua armas, como também o cigarro, no Imposto Seletivo", acrescentou o vice-presidente.
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