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Justiça do Paraná condena oito pessoas por plano de sequestro de Moro

Segundo as investigações, o PCC planejava o crime por retaliação a atuação do ex-juiz como ministro da Justiça. Penas variam de 5 a 14 anos de reclusão 

De acordo com as investigações, o PCC planejava atacar Sergio Moro como retaliação pela portaria assinada por ele, enquanto ministro da Justiça, na qual restringia visitas a presos em presídios federais -  (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
De acordo com as investigações, o PCC planejava atacar Sergio Moro como retaliação pela portaria assinada por ele, enquanto ministro da Justiça, na qual restringia visitas a presos em presídios federais - (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal em Curitiba, condenou oito pessoas pelo planejamento do sequestro do senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR). Segundo as investigações, os envolvidos são ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles foram condenados por organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro com penas de 5 a 14 anos de reclusão. 

Entre os condenados estão Claudinei Gomes Carias, Franklin da Silva Correa, Herick da Silva Soares, Aline Arndt Ferri, Cintia Aparecida Pinheiro, Aline de Lima Paixão, Oscalina Lima Graciote e Hemilly Adriane Mathias Abrantes. As penas variam de 14 anos a 5 anos de reclusão em regimes fechado e semiaberto. 

Outros três réus foram absolvidos pela Justiça do Paraná. Dois dos acusados no caso foram assassinados em junho de 2024 na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, em Presidente Venceslau (SP). O processo corre em sigilo.

De acordo com as investigações, o PCC planejava atacar Sergio Moro como retaliação pela portaria assinada por ele, enquanto ministro da Justiça, na qual restringia visitas a presos em presídios federais. Na época do plano criminoso, ao menos dez pessoas se revezavam no monitoramento da família do ex-juiz em Curitiba. 

Por meio das redes sociais, Moro comentou a decisão. O parlamentar elogiou o trabalho das autoridades e cobrou respostas sobre quem seria o mandante do crime. 

“Agradeço ao MPE/SP, à PF, à polícia de SP e do PR, ao MPF e à JF pelo trabalho realizado. Falta descobrir o mandante do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo. Solicitarei providências nesse sentido ao ministro da Justiça. Não nos curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas severas contra o crime organizado”, disse.

Luana Patriolino
postado em 23/01/2025 18:58 / atualizado em 23/01/2025 18:59
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