
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou nesta sexta-feira (7/2) com um pedido no Tribunal de Contas da União (TCU) pelo afastamento do ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social e Combate à Fome) do cargo. O motivo é um esquema envolvendo organizações não-governamentais ligadas a petistas revelado ontem pelo jornal O Globo. O ministério anunciou hoje que suspendeu os repasses de recursos à ONG contratada em São Paulo.
A reportagem mostrou que a pasta pagou R$ 5,6 milhões a uma ONG em São Paulo para entregar marmitas à população carente. Além de não entregar o combinado, a organização teria subcontratado outras entidades gerenciadas por ex-assessores de políticos da família Tatto, tradicional na política paulista. Um dos envolvidos é atualmente assessor do deputado Nilto Tatto (PT-SP).
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“Além do uso indevido de dinheiro público, há que se perquirir se houve vício a macular o processo de licitação, já que existem robustos indícios de que somente foram beneficiadas entidades e ONGs vinculadas a assessores, parlamentares e líderes do atual governo. (...) A gravidade dos fatos imprime a necessidade da atuação fiscalizatória por parte deste Tribunal de Contas da União”, escreveu Flávio Bolsonaro.
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O senador pediu ainda a instauração de uma investigação por parte do tribunal e argumentou, também, que a permanência de Wellington Dias na pasta poderia atrapalhar as investigações.
“(Defende-se) pelo deferimento, monocraticamente, de medida assecuratória com vistas à sustação do contrato administrativo, bem como o imediato afastamento do ministro José Wellington Barroso de Araújo Dias do exercício de suas atribuições junto à pasta governamental, durante o tempo em que perdurar o procedimento investigatório”, diz a petição.