
Marcelo Rubens Paiva, autor do livro "Ainda estou aqui" que deu origem ao filme e filho do ex-deputado federal Rubens Paiva, criticou a entrevista do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) à rádio Arapuan FM, de João Pessoa. Em suas redes sociais, Marcelo afirmou:
"Novo presidente da Câmara demonstra que o Brasil continuará no atoleiro e nunca alcançará a democracia plena. O desequilíbrio no caso não é das penas, é dele mesmo. Motta diz que 8/1 não foi tentativa de golpe e critica penas aplicadas pelo STF", afirmou em publicação em uma rede social neste fim de semana.
O autor criticou as falas do novo presidente da Casa durante a entrevista concedida à rádio Arapuan FM, de João Pessoa, quando declarou que o episódio do oito de janeiro de 2023 não foi uma tentativa de golpe.
"Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer. Ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer. Querer dizer que foi um golpe? Golpe tem que ter um líder, golpe tem que ter uma pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas. E não teve isso. Ali foram vândalos, baderneiros, que queriam demonstrar sua revolta achando que aquilo ali poderia resolver talvez com o não prosseguimento do mandato do presidente Lula", disse em entrevista.
Motta também criticou as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Você não pode penalizar uma senhora que passou na frente lá do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra e receber 17 anos de pena para regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso. Nós temos de punir as pessoas que foram lá que quebraram que depredaram, essas pessoas sim, precisam e devem ser punidas para que isso não aconteça novamente. Mas entendo que não dá para exagerar no sentido das penalidades com quem não cometeu atos de tanta gravidade", afirmou.
Em outras entrevistas, Motta afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não colocou como condição de apoio que o novo presidente da Casa apoiasse a Lei da Anistia que o PL busca aprovar no Congresso, mas disse que Bolsonaro pediu para que Motta não atrapalhasse a tramitação do projeto na Câmara.
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