
Haddad (meio) apresentou a Alcolumbre (dir.) as medidas que o governo quer aprovar para melhorar os índices econômicos nos próximos dois anos - (crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta terça-feira (11/2) com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para apresentar as pautas prioritárias para o governo no Congresso no biênio 2025-2026. São as mesmas 25 medidas apresentadas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), na semana passada.
A reunião durou cerca de duas horas e teve a participação dos ministros Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), e Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento. Também estiveram presentes os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).
A jornalistas, Alcolumbre fez diversos acenos ao governo e disse que Haddad iniciou o encontro agradecendo o Senado pela aprovação de matérias nos dois primeiros anos do governo Lula. Esse, segundo o presidente do Senado é o mesmo “espírito de colaboração” que o Legislativo tem para com a agenda do governo.
“O governo do presidente Lula é um governo que foi eleito pelo povo brasileiro e o parlamento precisa estar ladeado às agendas do governo, logicamente colaborando e contribuindo para melhorar e aperfeiçoar essa agenda com o olhar do parlamento”, disse Alcolumbre.
Também disse que há disposição do Legislativo — e citou Hugo Motta, a quem chamou de amigo — de unir o Legislativo “em prol de uma agenda comum de país”.
“E vocês sabem, a nossa relação pessoal e institucional com o presidente Hugo Motta é das melhores possíveis. Tenho um carinho e uma amizade pelo Hugo Motta e sei que ele tem por mim. E eu tenho certeza de que essa relação de pacificação entre a Câmara e o Senado vai fazer com que a gente colha bons frutos”, afirmou.
Já o ministro Fernando Haddad reforçou a importância de o Congresso avançar nos temas econômicos. “Se o Brasil não crescer de forma sólida, sustentável, tudo fica mais difícil. Dividir um bolo pequeno é difícil. Quando você faz ele aumentar, você vai acomodando as pressões e vai tornando as contas públicas mais robustas. O Brasil cresceu nos últimos dois anos quase 7% também em função do que já foi aprovado pelo Congresso Nacional. Agradeci aqui a aprovação de 32 medidas na área econômica”, disse.
O ministro também afirmou que há tratativas internas no governo para enviar ao Congresso novas medidas que vão complementar as 25 já apresentadas. “Já adiantei que o presidente Lula já tem um conjunto de medidas que ou estão na Fazenda, ou na Casa Civil, ou estão em tramitação interna no governo e que vão complementar aquelas 25 iniciativas importantes”, afirmou Haddad.
Algumas das medidas já apresentadas poderão, segundo Haddad, ser apensadas a textos que já tramitam no Senado, a pedido dos próprios parlamentares. Essas propostas serão analisadas pela Fazenda caso a caso para identificar o que poderá ser aproveitado e se as propostas vão na direção que o governo deseja.