
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado evitaram nesta quarta-feira (19/2) perguntas sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, sendo a maioria de militares.
Pouco antes da recepção do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, no Palácio do Planalto, Lula foi questionado por jornalistas sobre a denúncia. “Eu tenho que atender o primeiro-ministro”, respondeu sendo breve, antes de seguir para o topo da rampa do palácio.
Outros ministros também estavam presentes, incluindo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social), Ricardo Lewandowski (Justiça), Camilo Santana (Educação) e Margareth Menezes (Cultura).
Questionados pela imprensa, os ministros também evitaram comentar. Eles participam na manhã de hoje da 14ª Cimeira Luso-Brasileira, conduzida por Lula e Montenegro.
Denúncia
A PGR denunciou, ontem (18), Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado, incluindo o general Walter Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
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O caso será julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), e terá o ministro Alexandre de Moraes como relator. Para a PGR, Bolsonaro liderou a tentativa de golpe e sabia do plano para matar Lula, Alckmin e Moraes.
Bolsonaro nega participação na tentativa de golpe, e sua defesa classificou a denúncia como “precária, incoerente e ausente de fatos verídicos”.