SENADO

Senadora Leila Barros chora em plenário ao falar de violência contra a mulher

Leila Barros (PDT-DF) afirmou que "não perdeu a capacidade de me emocionar e de se indignar com o que está acontecendo com as mulheres

Leila discursou para marcar os 10 anos da Lei de Femínicidio no Brasil -  (crédito: Andressa Anholete/Agência Senado)
Leila discursou para marcar os 10 anos da Lei de Femínicidio no Brasil - (crédito: Andressa Anholete/Agência Senado)

A senadora Leila Barros (PDT-DF) se emocionou ao falar sobre a violência contra as mulheres no Brasil. Em discurso no Plenário do Senado, na terça-feira (11/3), a parlamentar comentou o caso da adolescente Vitória Regina Sousa, que foi encontrada morta em Cajamar (SP).

"Eu sei que há muita gente desinteressada na minha fala, mas é importante falar que é inaceitável isso. Eu tento não chorar. Eu tento não me indignar, mas está cansativo a gente falar só para a gente. Pelo amor de Deus. Século XXI! Uma menina de 17 anos, assassinada, degolada, cabelo raspado. Vocês acham isso normal? Vocês são pais de meninas, vocês têm irmãos, vocês têm mães, vocês têm irmãs", disse a senadora.

Leila discursou para marcar os 10 anos da Lei de Femínicidio no Brasil. Ela destacou que, desde a promulgação da norma, cerca de 12 mil mulheres foram assassinadas no país por razões de gênero.

Veja o vídeo:

"Estamos literalmente numa guerra. Em média, estamos falando de mais de três mulheres mortas todos os dias, ao longo de dez anos, exclusivamente por serem mulheres", citou.

Leila também fez um apelo aos senadores para que se unam no combate à violência contra a mulher. De acordo com a parlamentar, além da legislação, é essencial uma mudança cultural na sociedade para garantir a segurança e a dignidade das mulheres brasileiras.

"Não adianta a Bancada Feminina ficar aqui falando sozinha. Pelo amor de Deus. Não podemos mais aceitar isso. Alguma coisa precisamos fazer para reagir", disse.

  • Como denunciar violência contra mulher? Foto: Feminicídio seguido de suicídio em Vicente Pires
    Como denunciar violência contra mulher? Foto: Feminicídio seguido de suicídio em Vicente Pires Ed Alves/CB/D. A. Press
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    Procure a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher mais próxima. Foto: Vandiel é suspeito de cometer feminicídio contra a ex-companheira grávida PCDF
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    Governo Federal: ligue 180 para denúncias e informações sobre violência doméstica. Foto: Caio Nascimento foi preso em flagrante pelo feminicídio de Vanessa Ricarte Reprodução Instagram @caionascimento
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    Polícia Militar: ligue 190. Foto: Pedreiro acusado de matar ex-sogros é preso no Jardim Ingá PCGO
  • Ouvidoria Nacional da Mulher do Conselho Nacional de Justiça: (61) 2326-4615. Foto: João Paulo dopou com Rivotril os dois filhos e esfaqueou a ex-companheira
    Ouvidoria Nacional da Mulher do Conselho Nacional de Justiça: (61) 2326-4615. Foto: João Paulo dopou com Rivotril os dois filhos e esfaqueou a ex-companheira Reprodução TV Brasilia
  • Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público: (61) 3315-9476 (WhatsApp). Foto: Jadyson Soares foi localizado na Rodoviária de Formosa e planejava fugir após cometer o feminicídio.
    Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público: (61) 3315-9476 (WhatsApp). Foto: Jadyson Soares foi localizado na Rodoviária de Formosa e planejava fugir após cometer o feminicídio. Reprodução/Video
  • Daniel Silva Vitor, 43, autor de feminicídio em Samambaia
    Daniel Silva Vitor, 43, autor de feminicídio em Samambaia Reprodução/Redes Sociais
  • Suspeito Adriel Muniz do crime contra Denise Rodrigues de Oliveira
    Suspeito Adriel Muniz do crime contra Denise Rodrigues de Oliveira Reprodução/Rede Sociais

Por fim, Leila afirmou que "não perdeu a capacidade de me emocionar e de se indignar com o que está acontecendo com as mulheres". "Desculpem a minha emoção. Vocês já me conhecem. E não me interessa se vão me julgar que sou uma afetada ou uma desequilibrada", citou.

Como denunciar violência contra mulher?

Diversas instituições atuam no enfrentamento e na prevenção da violência contra a mulher. Além do trabalho da Polícia Militar e da Polícia Civil, há a atuação do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Ministério das Mulheres, e também serviços da rede de atendimento e proteção.

  • Governo Federal: ligue 180 para denúncias e informações sobre violência doméstica;
  • Polícia Militar: ligue 190;
  • Ouvidoria Nacional da Mulher do Conselho Nacional de Justiça: (61) 2326-4615;
  • Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público: (61) 3315-9476 (WhatsApp).

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Aline Gouveia
postado em 13/03/2025 10:46 / atualizado em 13/03/2025 10:49
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