
Os advogados do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, preso por seis meses em 2024 por suspeita de envolvimento na trama golpista, foram impedidos de acessar o plenário onde a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outros 7 assessores. Martins não está no ‘núcleo’ do julgamento desta terça-feira (25/3).
O desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e um dos advogados de Martins, Sebatião Coelho, chegou a interromper, com gritos, o fim da leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes e foi detido por desacato no STF após tumulto, sendo liberado logo depois. De acordo com ele, ao chegar no plenário da Primeira Turma, o presenciou esvaziado.
“Chegando lá, vários seguranças não me deixaram entrar, vários lugares estavam vazios dentro daquele plenário da Primeira Turma e não foi permitida a entrada dos advogados do processo. Isso me causou uma grande revolta. Para ver no telão, eu vejo da minha casa”, comentou.
O desembargador postou nas redes sociais o momento em que é impedido de entrar na Primeira Turma. "Há pouco fui impedido de entrar na sessão de julgamento no STF. SOU ADVOGADO DO FILIPE MARTINS.
E fui preso; depois solto", escreveu.
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Para Sebastião, mesmo que o caso de Martins não esteja sendo analisado hoje, o processo é um só, “a denúncia é única”. Em nota, o STF informou que os advogados não realizaram credenciamento no prazo estabelecido pela Corte.
Edson Marques, que integra a equipe de advogados de Martins, disse que foi informado em ligação com um funcionário do STF, ontem (24), de que os advogados de defesa não necessitavam de credenciamento. Por isso, segundo ele, os advogados não o fizeram.