
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse nesta terça-feira (20/5) que se preocupa se a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema de fraudes no INSS pode atrapalhar o ressarcimento às vítimas.
Messias defendeu que a abertura da comissão é um direito do Congresso Nacional, mas argumentou que o Executivo está dedicado a investigar as fraudes.
“A CPMI é um direito de todo parlamentar e do Congresso Nacional. Eu só quero dizer para a sociedade brasileira que nunca um governo investigou tanto como este. Nós estamos nesse momento com investigações na Controladoria-Geral da União (CGU), no INSS e na Polícia Federal”, respondeu Messias ao ser questionado pelo Correio durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O ministro argumentou que a fraude foi revelada pelo atual governo, e que as informações sobre a investigação estão sendo divulgadas para a sociedade.
O Executivo é contra a abertura da CPMI, que já tem as assinaturas necessárias para ser instalada. Porém, o Planalto avalia que articular uma retirada de assinaturas ou resistir publicamente à comissão poderia prejudicar ainda mais a avaliação do governo em meio à crise.
Governo diz que CPMI pode prejudicar investigação
Outro temor é que a CPMI, que realiza sua própria investigação, mas pode ser palco de disputa política entre governo e oposição, atrapalhe a atuação da PF, do INSS e da CGU.
“Eu só tenho uma preocupação, porque nós temos pressa para construir o modelo jurídico e devolver os recursos para os aposentados e pensionistas. Eu me preocupo se uma CPMI neste momento não pode atrapalhar esse processo de devolução dos recursos para os aposentados e pensionistas”, enfatizou Messias.
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