Reação

Gleisi classifica como "inadmissível" ataque sofrido por Marina Silva

Embora a ministra cite Lula em sua publicação, o presidente — que cumpre agenda no Alvorada, por causa de sua recuperação de uma labirintite ontem (26/5) — ainda não se manifestou sobre a ofensa contra Marina. As ministras da Igualdade Racial e da Mulher já se posicionaram

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Gleisi: "Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã" - (crédito: Divulgação / camara.org)

O ataque à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi classificado como "inadimissível" pela titular da Secretaria de Relações Institucionais do Planalto, Gleisi Hoffmann, na tarde desta terça-feira (27/5). Em seu perfil no X, Gleisi manifestou repúdio ao fato de Marina Silva ter de deixar a reunião na Comissão de Infraestrutura do Senado após sofrer ataque do senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Durante a sessão, Plínio afirmou: “Porque a mulher merece respeito, a ministra não. Por isso que eu quero separar”.

"Inadmissível o comportamento do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogerio, e do senador Plinio Valério, na audiência de hoje com ministra Marina Silva. Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã. Manifestamos repúdio aos agressores e total solidariedade do governo do presidente Lula à ministra Marina Silva", escreveu Gleisi Hoffmann.

Embora cite o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua publicação, o petista — que cumpre agenda no Alvorada, por causa de sua recuperação de uma labirintite ontem (26) — ainda não se manifestou sobre a ofensa contra Marina.

Outras ministras também se posicionaram

Da parte do governo, além da manifestação da ministra Gleisi, a ofensa contra a ministra do Meio Ambiente foi criticada pela titular da pasta da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também usou seu perfil no X para criticar a forma como Marina Silva foi agredida.

"Manifesto o meu total apoio e solidariedade à ministra Marina Silva. Marina Silva é minha amiga, minha referência. Hoje, ela foi desrespeitada, interrompida, silenciada, atacada no Senado enquanto exercia sua função como Ministra do Meio Ambiente. Como mulher negra, como ministra, como companheira de esplanada, sinto profundamente cada gesto de desrespeito como se fosse comigo. Porque é com todas nós. A violência política de gênero e raça tenta nos calar todos os dias, mas seguimos em pé, de mãos dadas, reafirmando que não seremos interrompidas. Toda minha solidariedade, Marina. Seguimos juntas", protestou Anielle Franco.

A agressão contra Marina Silva também foi criticada pelo Ministério das Mulheres, em nota enviada à imprensa. O comunicado classificou a situação como "um completo absurdo". "Ela foi desrespeitada e agredida como mulher e como ministra por diversos parlamentares — em março, um deles já havia inclusive incitado a violência contra ela", disse.

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"É um episódio muito grave e lamentável, além de misógino. Toda a minha solidariedade e apoio à Marina Silva, liderança política respeitada e uma referência em todo o mundo na pauta do meio ambiente. É preciso que haja retratação do que foi dito naquele espaço e que haja responsabilização para que isso não se repita", continuou o comunicado do minsitério.

postado em 27/05/2025 15:35 / atualizado em 27/05/2025 16:07
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