A defesa de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Presidência e réu na trama golpista, pediu nesta segunda-feira (23/6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da prisão preventiva, decretada na quarta-feira passada (18).
Câmara foi preso após descumprir medidas cautelares impostas no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado, entre elas está a proibição do uso de rede social. A decisão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, após o advogado do réu, Eduardo Kuntz, divulgar supostas conversas que teve durante as investigações com o réu colaborador, Mauro Cid, por intermédio de troca de mensagens nas redes sociais.
Nas mensagens, Cid acusa a Polícia Federal (PF) e o Supremo de terem forçado o colaborador a repassar as informações pertinentes para a investigação. No entendimento de Moraes, o réu estaria tentando ter acesso às investigações por intermédio de seu advogado. No pedido de revogação da prisão, a defesa alega que as conversas entre Kuntz e Cid aconteceram antes da imposição de medidas cautelares, em março de 2024.
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A defesa alega ainda que quem teve contato com Cid foi o advogado e não o cliente. O ministro Alexandre de Moraes ainda não se manifestou sobre o pedido. O caso levou a defesa de Bolsonaro a pedir a anulação da delação premiada do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid. O pedido foi negado por Moraes.
