
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-ministro Walter Braga Netto informe, no prazo de 24 horas, os horários, números dos voos e o itinerário da viagem que ele fará do Rio de Janeiro a Brasília para participar de acareação com o tenente-coronel Mauro Cid.
Moraes já havia solicitado informações sobre o local de hospedagem de Braga Netto em Brasília, em despacho anterior, realizado na terça-feira (17/6), mas pediu maior detalhamento sobre a viagem no último domingo (22/6). Ele também determinou que as informações fossem enviadas por e-mail ao seu gabinete, e não anexadas ao processo, para evitar a exposição do ex-ministro e garantir sua segurança.
A defesa de Braga Netto chegou a solicitar ao Supremo, no dia 16 de junho, a realização de uma acareação entre ele e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) — um procedimento no processo penal em que duas ou mais pessoas são colocadas frente a frente para esclarecer contradições em seus depoimentos.
Após o pedido, o procedimento será realizado na próxima terça-feira (24/6) e conduzido por Alexandre de Moraes, sem transmissão nem acesso da imprensa. O ministro exigiu que Braga Netto esteja presencialmente na acareação.
O ex-ministro está preso preventivamente, no Rio de Janeiro, desde dezembro de 2024, por tentar obter informações da delação de Cid e atrapalhar as investigações.
Para a defesa de Braga Netto, existem divergências entre os depoimentos do ex-ministro e de Cid que precisam ser esclarecidas, como o papel do general no plano "Punhal Verde e Amarelo" e na obtenção de dinheiro para manter acampamentos em frente ao Quartel-General do Exército.
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