
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quarta-feira (2/7) do desfile de 2 de julho em Salvador, na Bahia. A data é conhecida como o Dia da Independência Nacional na Bahia, e marca a expulsão das tropas portuguesas da capital baiana em 1823.
Lula desfilou em uma caminhonete ao lado da primeira-dama Janja da Silva, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Durante o percurso, Lula ergueu uma placa defendendo a “taxação dos super-ricos”.
Salvador foi palco de confrontos entre militares portugueses e brasileiros após a declaração da Independência por Dom Pedro I, em 15 de novembro de 1822. Ao todo, os confrontos deixaram 150 militares mortos, e resultou na expulsão dos portugueses em 1823.
Ontem (1º), no Palácio do Planalto, Lula assinou um projeto de lei (PL) para transformar a data em nacional. Porém, não pretende torná-la um feriado, como é na Bahia.
-
Leia também: Sem prever feriado, Lula propõe tornar 2 de Julho o Dia Nacional da Consolidação da Independência
Brasil ‘já tem muito feriado’
Hoje, em entrevista à TV Bahia, afiliada da Globo no estado, Lula argumentou que o país “já tem muito feriado”, e que o reconhecimento da data é o ponto mais importante.
“Se você fizer uma pesquisa, você vai entender que 90% do povo não sabe o que aconteceu em 2 de julho. Pensa que é uma festa junina, que não é uma festa que comemora a bravura, do povo baiano e, sobretudo, de três mulheres que tiveram muita importância aqui na Bahia”, disse o presidente.
As mulheres em questão foram Maria Felipa de Oliveira, mulher negra que lutou contra os militares portugueses com um grupo de resistência; Maria Quitéria de Jesus, que se alistou nas tropas brasileiras; e Joana Angélica, freira que foi morta ao impedir a entrada dos portugueses no Convento da Lapa.
Política
Política