CONGRESSO NACIONAL

Líder do PL sugere que Zambelli trabalhe de dia e cumpra prisão à noite

Sóstenes Cavalcante também disse que o "PL não abandona nenhum dos seus soldados"

Líder do partido de Zambelli na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), embarcou ontem para Roma   -  (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Líder do partido de Zambelli na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), embarcou ontem para Roma - (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sugeriu, na quarta-feira (2/7), que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pode trabalhar na Câmara durante o dia e retornar à prisão à noite, caso seja presa. A parlamentar está foragida desde o início de junho, quando revelou que havia deixado o Brasil rumo à Itália.

Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram condenados pelos crimes de falsidade ideológica e invasão do sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vai analisar a perda do mandato da parlamentar.

"Nós já tivemos, acho que no primeiro ou segundo mandato, dois parlamentares que tiveram casos semelhantes, que cumpriram suas penas à noite e trabalhavam aqui durante o dia, se for necessário com a Carla será igual", disse Sóstenes em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados. "O PL não abandona nenhum dos seus soldados", acrescentou o deputado.

Um caso parecido com o que o deputado Sóstenes comparou foi o do então senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que em 2018 foi autorizado, pelo ministro Alexandre de Moraes a retornar suas atividades no Senado Federal após ser condenado a quatro anos e meio de reclusão em regime semiaberto por desvio de finalidade na aplicação de financiamento obtido em instituição financeira oficial.

No entanto, Zambelli foi condenada na Ação Penal 2428 à pena de 10 anos de prisão em regime inicial fechado. Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, protocolou a defesa escrita de Zambeli na Constituição e Justiça e de Cidadania, na quarta-feira (2/7).

"Reiteramos nossa plena confiança na independência institucional da Câmara dos Deputados e na isenção de seus membros, representantes democraticamente eleitos, os quais, estamos certos, assegurarão à parlamentar o direito a um julgamento justo, imparcial e pautado pelo devido processo legal", disse o advogado.

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postado em 03/07/2025 11:17 / atualizado em 03/07/2025 13:24
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