
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu neste domingo (6/7), no Rio de Janeiro, chefes de Estado e representantes internacionais para a aguardada cúpula do BRICS, que neste ano acontece sob o marco de uma nova fase: a ampliação oficial do grupo para 11 países. Pela primeira vez, potências do Golfo, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, participam da reunião como membros plenos do bloco.
A cúpula, que se estenderá até segunda-feira (7/7), reforça a ambição do BRICS de se consolidar como um contraponto relevante às estruturas tradicionais de poder global. A programação inclui uma série de atividades voltadas ao fortalecimento do multilateralismo e à promoção de reformas na governança internacional.
Logo após a cerimônia de recepção e a tradicional fotografia oficial, os líderes participaram de uma sessão plenária dedicada a dois dos temas mais sensíveis da atualidade: paz e segurança internacionais. Em meio a tensões regionais e guerras em curso, os chefes de Estado debateram a necessidade de mecanismos mais inclusivos e eficazes de resolução de conflitos, com destaque para a defesa de uma governança global mais democrática e menos centrada nos interesses das potências ocidentais.
Na parte da tarde, a cúpula se voltou para os desafios econômicos do século XXI. Com o avanço acelerado da inteligência artificial, os líderes debateram como a tecnologia pode ser usada para promover o desenvolvimento sustentável, reduzir desigualdades e impulsionar a produtividade — sem deixar de lado os riscos de concentração de poder e exclusão digital.
Também estiveram esta na pauta as reformas no sistema financeiro internacional e o papel dos países do Sul Global no redesenho de instituições multilaterais como o FMI e o Banco Mundial. A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, deve apresentar propostas sobre financiamento de infraestrutura e transição energética para países em desenvolvimento.
Diplomacia em ritmo de gala
Após os compromissos oficiais, o presidente Lula e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, oferecerão uma recepção formal aos líderes estrangeiros em um jantar no Palácio Laranjeiras. O evento tem caráter simbólico e busca criar um ambiente de convivência entre os chefes de Estado, além de reforçar o papel do Brasil como anfitrião de uma diplomacia ativa e acolhedora.
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