Trama golpista

Moraes mantém prisão preventiva de militares investigados na trama golpista

Militares são acusados de envolvimento em plano que previa assassinatos de autoridades e ameaça à ordem democrática. Segundo o ministro, não há nenhum fato novo que justifique a revogação das prisões

A PGR acusa o general da reserva Mário Fernandes de ser o mentor do plano
A PGR acusa o general da reserva Mário Fernandes de ser o mentor do plano "Punhal Verde Amarelo" - (crédito: Isac Nóbrega/PR)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou nesta quinta-feira (10/7) os pedidos de revogação da prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima. Ambos são réus em ação penal que apura o envolvimento de militares na tentativa de golpe de Estado.

O general Mário Fernandes atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Já Helio Lima integrava o grupo de oficiais do Exército com formação em Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o general de ser o mentor do plano "Punhal Verde Amarelo". Esse plano, conforme a denúncia, visava assassinar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

O tenente-coronel, por sua vez, é acusado de monitorar as autoridades que seriam alvo da mesma operação. Ao rejeitar o pedido de liberdade, o ministro Alexandre de Moraes enfatizou a importância de proteger a ordem pública e o andamento do processo penal. Essa decisão foi reforçada após a aceitação da denúncia contra os militares, e o relator considerou que não há justificativa para revogar a prisão.

A prisão preventiva foi decretada em novembro de 2024, pois a liberdade dos militares é considerada pelo Supremo como um risco à continuidade das investigações e à segurança da sociedade.

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postado em 10/07/2025 13:45
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