REAÇÃO

Lula convoca ministros para reunião de emergência após Trump assinar tarifaço

Há expectativas de que, após a reunião do alto escalão do governo, seja realizada uma coletiva de imprensa para relatar como o país vai reagir ao tarifaço

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Cerimônia de Inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu. Centro de Visitantes do Porto do Açu – São João da Barra (RJ) -  (crédito:  Ricardo Stuckert / PR)
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Cerimônia de Inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu. Centro de Visitantes do Porto do Açu – São João da Barra (RJ) - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou reunião de emergência com ministros de Estado após o líder da Casa Branca, Donald Trump, assinar o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros.

Participaram do encontro os ministros Geraldo Alckmin (Indústria), Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação), Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). A reunião acabou por volta das 19h, no Palácio do Planalto.

O que foi discutido na reunião

Segundo informações do Planalto, o encontro com ministros teve o objetivo de aprofundar o entendimento sobre os termos da ordem executiva assinada por Trump que oficializou o tarifaço.

Há um entendimento também de que os detalhes presentes no documento assinado pelo presidente dos EUA darão o apoio aos futuros planos de contingência e amparo às empresas lesadas pelo aumento de tarifas de importação pelos EUA.

Na avaliação do Planalto, essas medidas serão anunciadas ao longo dos próximos dias e de acordo com a necessidade de cada setor do mercado. Isso significa que não haverá o anúncio de um pacote geral de contingência, mas sim pronunciamentos direcionados a cada área.  

Após a reunião entre Lula e ministros, o Planalto publicou nota que considerou inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira e se solidariza com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que foi alvo de sanções.

A nota também afirma a disponibilidade do Brasil negociar aspectos comerciais com os Estados Unidos, mas sem abrir mão "não abrirá mão dos instrumentos de defesa do país".

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postado em 30/07/2025 18:25 / atualizado em 30/07/2025 21:21
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