EUA X BRASIL

Bolsonaro defende diálogo com Trump após tarifaço e critica governo

Ex-presidente disse, em coletiva no Senado, que medida dos EUA não fere a soberania brasileira e sugeriu que poderia negociar com republicano. "Se me derem carta branca para negociar, pode ter certeza que o acordo vai sair", destacou

Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta quinta-feira (17/7), durante entrevista coletiva no Senado Federal, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. O ex-presidente afirmou que a medida não representa uma ameaça à soberania nacional e indicou que, se fosse autorizado, teria condições de negociar um acordo diretamente com o republicano.

A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, foi anunciada por Trump como reação à “perseguição política” que, segundo ele, Bolsonaro estaria sofrendo no Brasil.

“Vamos supor que Trump queira anistia. É muito? É muito, se ele pedir isso aí? A anistia é algo privativo do parlamento. Não tem que ninguém ficar ameaçando tornar inconstitucional”, destacou o ex-presidente, sem detalhar se a fala refletia uma demanda real de Trump ou uma hipótese política.

Ele também criticou a condução da diplomacia brasileira frente ao governo norte-americano, sugerindo que, com mais autonomia, poderia atuar diretamente para resolver a crise.

“Se me derem carta branca para negociar, pode ter certeza que o acordo vai sair”, reforçou. Bolsonaro ainda apontou que os efeitos do tarifaço não atingem apenas o agronegócio, mas devem pesar sobre o bolso da população em geral. “Todo mundo vai sofrer [com as tarifas], inclusive os mais pobres.”

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