O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira (18) estar sendo alvo de uma "perseguição implacável", após ter sido submetido a medidas cautelares autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele teve uma tornozeleira eletrônica instalada pela Polícia Civil do Distrito Federal e, em seguida, dirigiu-se à sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, onde concedeu entrevista à imprensa.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e na sede do partido. "Vieram aqui, não sei o que pegaram", disse o ex-presidente. Na casa de Bolsonaro, os agentes da PF apreenderam, US$ 14 mil em espécie e um pen drive escondido no banheiro, além de R$ 8 mil. "Vou perguntar para minha esposa se o pen drive é dela", afirmou o ex-presidente.
Durante a coletiva, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em plano de golpe e questionou a ausência de provas. "Qual foi o crime? Fala lá [na denúncia] de tentativa armada e golpe de Estado, foi apreendida alguma arma?", declarou. Ele também disse temer uma prisão iminente. "Você vê velhinhas presas, uma mulher com sete filhos, foi condenada a 14 anos de cadeia. Tudo pode acontecer". Ele se negou a responder perguntas sobre uma possível tentativa de fuga e disse sonhar "com a justiça".
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Bolsonaro está proibido de falar com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, seu filho, nem mesmo por intermédio da imprensa. "Eu estou ferindo aqui as medidas cautelares", disse aos jornalistas. Devido aos desdobramentos de hoje (18), Bolsonaro acredita que Eduardo perderá o mandato de deputado. "Pelo que tudo indica, vai perder seu mandato e via PAD (Processo Administrativo), vai ser excluído da Polícia Federal. É uma perseguição implacável".
- Leia também: Bolsonaro é alvo de operação da PF nesta sexta
O ex-presidente lamentou as restrições impostas. "Estou de tornozeleira, tenho que ficar em casa. Não posso falar com meu filho. Eu nunca vi isso. Eu não posso falar com um filho meu que não é bandido, não é criminoso". E concluiu: "É perseguição ou não é?". Para ele, o julgamento é político. Os mandados contra Bolsonaro foram expedidos em inquérito que investiga a atuação de Eduardo nos Estados Unidos. A suspeita é de que o parlamentar está atuando para atrapalhar o julgamento da trama golpista.
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