
Após dias de impasse e com a retomada dos trabalhos legislativos, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quinta-feira (7/8), que a solução para o fim da obstrução da oposição foi construída com base no diálogo entre as lideranças partidárias. A ocupação da Mesa Diretora pelos oposicionistas, que durou até ontem, impediu o funcionamento normal da Casa desde o início da semana.
“A minha impressão é que, diante de toda a atenção criada, nós conseguimos construir, pautado no diálogo, a solução menos traumática para que a Casa pudesse retomar a sua normalidade”, declarou Motta, em entrevista a jornalistas.
O presidente destacou que manteve conversas durante todo o dia com lideranças de diferentes partidos e que a reabertura dos trabalhos respeitou tanto a Constituição quanto o regimento interno da Câmara. “O diálogo prevaleceu. Nós tivemos a capacidade de conversar o dia todo com todas as lideranças […], respeitando o direito ao contraditório e trazendo de volta aquilo que a Casa tem que ser: o ambiente do debate, da discordância, da defesa das ideias”, completou.
Questionado sobre se houve alguma contrapartida oferecida à oposição para o encerramento da obstrução, Motta foi enfático: “A presidência da Câmara é inegociável. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não estão vinculadas a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”.
Hugo Motta também confirmou que contou com apoio do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) nas articulações do dia anterior. “O presidente Arthur Lira é um amigo, uma pessoa que tem colaborado muito com o país […]. Em momentos de tensão, é natural que todos que querem o bem da Casa se unam para construir as soluções para os problemas”, afirmou.
Por fim, o presidente reiterou o compromisso com a institucionalidade e afirmou que continuará zelando pela ordem e funcionamento do Parlamento: “Enquanto presidente, nós não vamos abrir mão de zelar por esse papel institucional que a Câmara dos Deputados deve cumprir”.
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