CONGRESSO NACIONAL

Magno Malta se acorrenta à mesa do Senado em protesto contra Moraes: 'Só saio daqui morto'

Parlamentares bolsonaristas exigem impeachment de Alexandre de Moraes, aprovação da anistia e fim do foro privilegiado

Durante a ocupação da Mesa Diretora, o senador Magno Malta (PL-ES) se acorrentou a mesa no Plenário do Senado, nesta quarta-feira (6/8), em protesto contra as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ato integra uma ocupação iniciada por parlamentares e apoiadores bolsonaristas desde a terça-feira (5), que tem impedido a realização de sessões legislativas na Casa.

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Com pautas do chamado "pacote da paz", o grupo pressiona o Senado a avançar com o processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, a aprovação do PL da Anistia — que pretende "perdoar" os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 —, e o fim do foro privilegiado para autoridades públicas — para tentar impedir que Bolsonaro seja julgado pelo STF.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Magno justificou a decisão de se acorrentar como forma de resistência e exigência de uma resposta do Congresso à "escalada de poder" do Judiciário. "Eu só saio daqui morto ou com uma resposta concreta para uma população que exige reação diante da escalada de poder de um único homem (Alexandre de Moraes), que está levando o país para a vala! A paciência tem limites, e todas as tratativas até aqui não foram cumpridas."

 
 
 
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Além de anunciar que não comparecerá a comissões nem registrará presença enquanto durar o protesto, o senador desafiou a direção do Senado. "Se eles quiserem montar outro Senado em outro lugar, fazer as votações deles, a partir de hoje ele (Davi Alcolumbre) pode cortar meu ponto, pode cortar o meu salário, pode cortar o meu dia. Eu não vou registrar presença, não vou em comissão nenhuma", afirmou.

A ação ocorre em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e a apreensão de aparelhos eletrônicos, após descumprimento de medidas. Moraes também impôs restrições como a proibição de contato com outros investigados, uso de redes sociais e visitas, exceto de advogados previamente autorizados pelo STF.


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