Justiça

PGR tem 48 horas para se pronunciar sobre defesa de Bolsonaro

Procurador-geral Paulo Gonet deve avaliar argumentos apresentados que negam plano de fuga do ex-presidente para a Argentina

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até a manhã de quarta-feira (27/8) para se manifestar no inquérito que investiga a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O prazo foi aberto depois que a defesa negou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a existência de um plano de fuga para a Argentina.

A resposta dos advogados foi entregue na última sexta-feira (22), dentro do prazo de 48 horas fixado pelo ministro Alexandre de Moraes. A defesa alegou que "há vazios de indícios" no relatório. Agora, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, analisará se os esclarecimentos apresentados afastam as suspeitas levantadas pela Polícia Federal.

As suspeitas contra o ex-chefe do Executivo ganharam força após a revelação de uma minuta que mencionava um pedido de asilo ao presidente da Argentina, Javier Milei. Para investigadores, o documento seria indício de uma tentativa de Bolsonaro de deixar o país.

Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão de Alexandre de Moraes. O ministro apontou que o ex-presidente desrespeitou medidas cautelares, como a proibição de uso de redes sociais, mesmo monitorado por tornozeleira eletrônica. A medida impõe ainda restrição de visitas e o recolhimento de celulares. A defesa alega ter sido surpreendida e já prepara recurso.

O julgamento da ação penal que apura sua suposta tentativa de golpe de Estado está previsto para o início de setembro e pode resultar em uma pena de até 40 anos de prisão.

Correio entrou em contato com a defesa de Bolsonaro, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

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