
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta terça-feira (9/9), ao chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro constitui um “marco histórico” para a democracia brasileira.
Segundo ele, a gravidade da trama golpista ficará evidente ao longo da semana, com base nas provas apresentadas, que incluem um suposto plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
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“O julgamento vai mostrar a gravidade dessa trama. Há fartas provas, inclusive a movimentação de grupos que estiveram na casa do ministro Alexandre de Moraes em 15 de dezembro. Essa semana é histórica, porque reafirma a democracia brasileira”, declarou.
Para Lindbergh, o processo não pode ser confundido com apelos de pacificação: “O ministro Alexandre está certo ao dizer que não querem apaziguamento. Há um golpe continuado."
O deputado criticou a atuação de Eduardo Bolsonaro após os atos de 8 de janeiro e também as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a quem acusou de adotar postura de “militante de extrema direita, antidemocrática”.
Segundo Lindbergh, a fala de Tarcísio teve repercussão negativa no Congresso e enfraqueceu a articulação pela votação da anistia. “A máscara caiu. Depois disso, não vejo ambiente para avançar com essa pauta. Seria uma irresponsabilidade e até um crime do Parlamento”, disse.
Anistia
O petista afirmou ter conversado com lideranças e garantiu que o tema não entrará na pauta desta semana. “Não vai ser votado. O que houve foi um recuo claro após as declarações do governador. O presidente da Câmara, Arthur Lira, sabe que colocar a anistia em votação durante o julgamento seria coação no curso do processo”, acrescentou.
Lindbergh também citou manifestações de ministros do STF contrários à possibilidade de anistia. “O ministro Gilmar Mendes reafirmou que não existe anistia para crimes contra o Estado Democrático de Direito. O ministro Fux já havia defendido que esse tipo de crime é cláusula pétrea da Constituição. A jurisprudência é clara, como no caso do deputado Daniel Silveira”, recordou.
Para o líder petista, a conjuntura política mudou após as manifestações do último domingo. “O ato foi uma derrota política para eles. Teve uma bandeira norte-americana de 100 metros e as falas de Tarcísio, que tiveram efeito desastroso. Até a opinião pública está mais convicta de que a condenação é o caminho justo, como mostram pesquisas recentes. A tendência é que esse julgamento fortaleça ainda mais a democracia brasileira”, concluiu.
Lindbergh Farias sobre o julgamento de Bolsonaro
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Julgamento de Bolsonaro como marco histórico: Lindbergh Farias classificou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como um evento histórico para a democracia brasileira, que, segundo ele, irá comprovar a gravidade de uma "trama golpista".
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Existência de provas: O deputado mencionou que há "fartas provas" que mostram a seriedade do plano, incluindo uma suposta conspiração para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
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Crítica a Tarcísio de Freitas: O líder do PT criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, acusando-o de atuar como "militante de extrema direita" e de adotar uma postura antidemocrática.
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Pauta da anistia enfraquecida: As declarações de Tarcísio, segundo Lindbergh, enfraqueceram a articulação para a votação de uma anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ele garantiu que a pauta não será votada esta semana.
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Jurisprudência do STF contra a anistia: Lindbergh Farias citou ministros do STF como Gilmar Mendes e Fux, que já se manifestaram contrários à concessão de anistia para crimes contra o Estado Democrático de Direito, reforçando que essa ideia é inconstitucional.
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Derrota política da oposição: O deputado avaliou o recente ato do domingo anterior como uma "derrota política" para a oposição, que, segundo ele, teve uma repercussão negativa na opinião pública, fortalecendo a ideia de que a condenação é o caminho justo.
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