
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, na noite desta quinta-feira (11/9), as penas dos oito membros do núcleo principal da tentativa de golpe de Estado. Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, também foram condenados Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), general Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Defesa).
Confira as penas de cada um dos condenados:
- Jair Bolsonaro: 27 anos e três meses de prisão em regime fechado; 124 dias-multa no valor de dois salários mínimos por dia
- Mauro Cid: 2 anos de prisão em regime aberto
- General Braga Netto: 26 anos de prisão com início em regime fechado; 100 dias-multa no valor de um salário mínimo por dia
- Anderson Torres: 24 anos de prisão com início em regime fechado; 100 dias-multa no valor de um salário mínimo por dia
- Almir Garnier: 24 anos de prisão em regime inicial fechado; 100 dias-multa no valor de um salário mínimo por dia
- Augusto Heleno: 21 anos de prisão em regime inicial fechado; 84 dias-multa no valor de um salário mínimo por dia
- Paulo Sérgio Nogueira: 19 anos de prisão em regime inicial fechado; 84 dias-multa no valor de um salário mínimo por dia
- Alexandre Ramagem: 16 anos e um mês de prisão em regime inicial fechado; perda do mandato de deputado federal; 50 dias-multa no valor de um salário mínimo por dia
Réus condenados
Por 4 votos a 1, a Primeira Turma decidiu condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus do chamado “núcleo crucial” por tentativa de golpe de Estado. O último a votar foi o ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado, que seguiu o entendimento do relator, Alexandre de Moraes, assim como Flávio Dino e Cármen Lúcia.
Nesta noite, os ministros iniciaram a dosimetria (tempo) das penas dos condenados. O ministro relator disse que o tempo deve levar em conta a necessidade de desestimular repetição destes tipos de crime.
“Na história brasileira, é a primeira vez que aqueles que tentaram golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito estão sendo julgados pela mais alta corte do país”, disse Moraes.
Saiba Mais
Pedro Grigori
Subeditor do Correio BrazilienseTrabalhou por quatro anos com reportagens investigativas de política e meio ambiente na Agência Pública. Ganhador do Prêmio CNT de Jornalismo em 2018 e 2023, e com menções honrosas no Prêmio da OMS/ICFJ, Prêmio Caesari, Prêmio de Direitos Humanos e CNH In
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