CONGRESSO

Hélio Lopes acompanha ida de Bolsonaro ao hospital e defende anistia

Deputado afirmou que Jair Bolsonaro será candidato em 2026 e criticou atuação de Alexandre de Moraes

Hélio Lopes criticou a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e disse que o processo contra o ex-presidente representa uma injustiça -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Hélio Lopes criticou a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e disse que o processo contra o ex-presidente representa uma injustiça - (crédito: Reprodução/Redes sociais)

O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) esteve, na manhã deste domingo (14/9), em frente ao Hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por um procedimento médico para remoção de lesões na pele. Durante a visita, o parlamentar conversou com jornalistas e aproveitou para defender a aprovação do projeto de Lei da Anistia, previsto para entrar na pauta da Câmara dos Deputados na próxima semana.

Lopes criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e disse que o processo contra o ex-presidente representa uma injustiça. Ele também afirmou que Bolsonaro deverá disputar as eleições presidenciais de 2026.

“O pessoal não teve acesso a todo depoimento, a toda denúncia do Cid. Tiveram acesso a um compilado. Então, o pessoal tem que se defender. (…) O ministro Alexandre de Moraes se diz vítima, é o relator e é o juiz. O processo vai ser anulado agora? Não. Mas a vontade de Deus vai acontecer. Não posso dizer se é hoje, se é amanhã, mas vai acontecer. Jair Messias Bolsonaro é o candidato a presidente em 2026”, declarou.

O deputado citou ainda o voto divergente do ministro Luiz Fux no julgamento da trama golpista, classificando-o como decisivo para fortalecer a articulação política pela anistia. Segundo Lopes, partidos como União Brasil e Progressistas estariam dispostos a apoiar a proposta.

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixa o hospital DF Star acompanhado de seu filho Jair Renan (à direita, atrás), em Brasília, em 14 de setembro de 2025, após passar por uma série de exames médicos, enquanto permanece em prisão domiciliar
O ex-presidente Jair Bolsonaro deixa o hospital DF Star acompanhado de seu filho Jair Renan (à direita, atrás), em Brasília, em 14 de setembro de 2025, após passar por uma série de exames médicos, enquanto permanece em prisão domiciliar (foto: Pablo PORCIUNCULA / AFP )

“A anistia deve ser pautada essa semana. Eu espero que sim. (…) Depois daquele voto do Fux, que quebrou todos os argumentos, União, PP, vários partidos já estavam com vontade de colocar a anistia em votação”, afirmou.

Veja o vídeo:

Hélio Lopes também mencionou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, e defendeu que a família do ex-presidente sofre restrições impostas pelo Judiciário. “Não existe meia anistia. (…) Nós não vamos desistir nunca. Jair Messias Bolsonaro é o candidato a presidente em 2026. Deixo bem claro isso”, disse.

Apoiadores de Bolsonaro defendem anistia ampla

Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passava pelo procedimento médico, apoiadores se reuniram em frente à unidade de saúde para manifestar solidariedade. Entre os presentes, prevaleceu a defesa de uma anistia ampla, prevista para entrar na pauta da Câmara dos Deputados na próxima semana, e as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A professora Ivone Luzardo, que se mantém em vigília e oração pelo ex-presidente desde sábado (13), afirmou que a condução dos julgamentos envolvendo Bolsonaro abalou a confiança no Judiciário. “Quero deixar aqui os meus parabéns ao ministro Fux, que deu uma verdadeira aula de magistratura. Que os demais ministros se inspirem nele como fonte de sabedoria e verdade. Hoje, o nosso Judiciário está desacreditado devido à montagem de fatos inverídicos. E isso é entristecedor, porque a gente pergunta: como confiar na Justiça?”, disse.

Para Ivone, o projeto de anistia que pode ser pautado na próxima semana na Câmara dos Deputados, representa uma chance de pacificação. “Espero que seja pautado e aprovado ampla e irrestritamente para todos os injustiçados. Muitos estavam apenas reivindicando verdade e justiça, mas foram punidos. E faço um apelo à imprensa: que seja imparcial e fale a verdade. Precisamos pensar que país queremos deixar para as próximas gerações”, completou.

Já a servidora pública aposentada Márcia Elizabeth Oliveira destacou que a motivação para estar presente foi a busca pela justiça e pela legalidade. “A honestidade é um valor que aprendi na minha família. E acredito que Bolsonaro defende esses princípios. Ele foi perseguido, mas nada foi encontrado contra ele. Está sendo feita uma grande injustiça”, afirmou.

Márcia também defendeu que a anistia seja ampla. “Na verdade, não deveria haver nem processo. Mas, se a medida é a anistia, que seja irrestrita, para todos. O povo quer anistia, o povo quer pacificação. Precisamos encerrar essa desunião e seguir em frente”, disse.

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Por Wal Lima
postado em 14/09/2025 14:59
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