O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), presidente da Comissão de Segurança Pública (CSP), apresentou um parecer técnico sobre um documento eletrônico obtido no site do Supremo Tribunal Federal (STF), intitulado “Representações PF – Pet. 10.543” e atribuído à Polícia Federal, subscrito pelo delegado Fábio Alvarez Shor. O laudo, elaborado pelos peritos Reginaldo Tirotti (relator) e Jacqueline Tirotti (revisora), identificou inconsistências que comprometem a credibilidade do arquivo.
Confira o laudo divulgado por Flávio Bolsonaro que contesta validade de arquivo do STF
De acordo com o parecer apresentado por Flávio Bolsonaro, foi constatou que a data declarada de expedição do documento, 19 de agosto de 2022, divergia da data técnica de criação e modificação, registrada em 29 de agosto de 2022. Para os peritos, isso indica que o arquivo foi antedatado, podendo ter sido por desatenção ou com intenção de alterar a data.
Além disso, as assinaturas atribuídas ao delegado da Polícia Federal Fabio Shor nas páginas 12 e 18 apresentaram coincidência absoluta de traços, proporção e disposição, algo considerado impossível em assinaturas genuínas. Os especialistas classificaram o caso como “transplante digital de assinatura”, realizado por cópia e colagem de uma matriz gráfica, o que compromete a autenticidade do documento e torna impossível atribuir sua autoria de forma inequívoca.
O laudo técnico ainda aponta que a estrutura do documento permaneceu homogênea, sem indícios de adulteração posterior. No entanto, a divergência de datas e a falsificação das assinaturas tornam a autenticidade questionável. Confira o laudo:
Os peritos também verificaram que, embora documentos similares no site do STF tenham links para conferência de autenticidade, o arquivo analisado não pôde ser validado por esses mecanismos.
O STF ainda não se manifestou sobre a acusação.
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