O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revogou o desbloqueio das redes sociais da deputada federal Carla Zambelli, presa na Itália desde 29 de julho. Para o magistrado, no atual estágio processual, não há mais necessidade de manutenção da medida, devendo ser excluídas apenas as postagens ilícitas que motivaram o bloqueio.
O bloqueio havia sido determinado por causa de publicações que propagaram desinformação e discursos de ódio, atentando contra as instituições, Poderes de Estado e o Estado Democrático de Direito.
A decisão autoriza a reativação dos perfis e canais de Carla Zambelli nas plataformas Gettr, Meta (Facebook e Instagram), LinkedIn, TikTok, X (antigo Twitter), Telegram e YouTube. Ao liberar o acesso aos perfis, Moraes estabeleceu uma multa de R$ 20 mil por dia caso Zambelli volte a publicar conteúdos com discursos de ódio ou atentando contra as instituições democráticas.
Zambelli estava na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional. Ela foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por causa da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Brasil pede a extradição dela. Se o pedido for julgado procedente, a Itália vai deliberar sobre as condições de entrega da parlamentar, conforme o Código de Processo Penal do país.
Segundo a investigação da Polícia Federal, a deputada e o hacker Walter Delgatti Netto teriam invadido seis sistemas do Judiciário por 13 vezes. O objetivo era desacreditar o processo eleitoral brasileiro e colocar a opinião pública contra as instituições democráticas.
