Atuação nos EUA

PT recorre contra relator de caso Eduardo Bolsonaro na Câmara

Bancada pede revisão de decisão que manteve Marcelo Freitas (União Brasil-MG) como relator no Conselho de Ética

Líder do PT, deputado Lindbergh Farias (esq.) alega parcialidade do relator Marcelo Freitas (meio) no caso Eduardo Bolsonaro (dir.) na Comissão de Ética da Câmara -  (crédito: Kayo Magalhães e Bruno Spada/Câmara)
Líder do PT, deputado Lindbergh Farias (esq.) alega parcialidade do relator Marcelo Freitas (meio) no caso Eduardo Bolsonaro (dir.) na Comissão de Ética da Câmara - (crédito: Kayo Magalhães e Bruno Spada/Câmara)

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), apresentou nesta sexta-feira (10/10) à Presidência da Casa um pedido para remover o deputado Marcelo Freitas (União Brasil-MG) da relatoria de uma representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Casa.

Lindbergh argumentou que Freitas possui alinhamento com Eduardo Bolsonaro e com seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por isso, não poderia ocupar a relatoria no caso.

“O relator designado, deputado delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), possui relação pública e notória de amizade e alinhamento político com o representado, conforme registrado em vídeos e discursos”, argumentou o líder do PT.

O relator apresentou na última quarta-feira (8) um parecer pelo arquivamento do processo contra Eduardo por atuar nos Estados Unidos por sanções contra instituições brasileiras e contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

“Freitas já se declarou ‘amigo’ de Eduardo Bolsonaro e proclamou fidelidade irrestrita ao ex-presidente Jair Bolsonaro”, escreveu Lindbergh, que citou o parecer pelo arquivamento da representação contra Eduardo como prova de “vício de parcialidade”.

O deputado já havia sido alvo de uma petição apresentada pela bancada do PT que também argumentava parcialidade por parte do deputado e pedia a revisão do ato que o tornou relator do caso de Eduardo.

A petição, no entanto, foi indeferida pelo presidente da Comissão de Ética, deputado Fábio Schiochet (União Brasil-SC).

Lindbergh pediu, também, a suspensão do voto proferido pelo relator (pelo arquivamento do caso) e a apuração, por parte da Mesa Diretora, dos motivos da paralisação de outras representações contra Eduardo Bolsonaro, “determinando o imediato prosseguimento de sua tramitação”.

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postado em 10/10/2025 14:50 / atualizado em 10/10/2025 15:06
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