CPMI INSS

Deputado sobre silêncio do presidente do Sindnapi na CPMI do INSS: "Parece um gatinho"

Mauricio Marcon criticou o presidente do Sindnapi por permanecer em silêncio durante a sessão, e defesa reagiu no plenário

Momento dos questionamentos de Maurício Marcon -  (crédito: Reprodução/YouTube/Câmara dos Deputados)
Momento dos questionamentos de Maurício Marcon - (crédito: Reprodução/YouTube/Câmara dos Deputados)

A audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi marcada por um bate-boca entre o deputado Mauricio Marcon (Podemos-RS) e os advogados de Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). O episódio ocorreu nesta quinta-feira (9/10), durante o depoimento do sindicalista.

Milton permaneceu em silêncio ao longo da maior parte da reunião, amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garantiu o direito de não responder a perguntas para não produzir provas contra si mesmo. A postura do depoente irritou Marcon, que usou o microfone para criticar o comportamento do sindicalista.

“Hoje o senhor perdeu uma grande oportunidade de vir aqui e dizer: ‘Olha, estou arrependido pelo que fiz’. Jesus perdoou um bandido na cruz, poderia lhe perdoar também. O senhor sairia engrandecido, mas não. Ao lado, tem o advogado que, para respirar, dizia: ‘Não pode respirar agora, agora não respira, agora responde, agora não responde’. O senhor é um leão na hora de ir lá abraçar o governo e fazer os descontos indevidos, mas aqui parece mais um gatinho: mais quieto, mais comedido”, afirmou o deputado.

As declarações provocaram reação imediata dos advogados de Milton, que interromperam o parlamentar e pediram respeito ao direito de defesa. O clima ficou tenso por alguns minutos, e o presidente da comissão precisou intervir para restabelecer a ordem na sessão.

A CPMI do INSS investiga suspeitas de fraudes em aposentadorias e irregularidades envolvendo sindicatos e dirigentes públicos. O colegiado pretende encerrar a fase de depoimentos ainda neste mês e encaminhar as conclusões à Procuradoria-Geral da República.

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postado em 09/10/2025 20:18
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