
Após participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (14/10), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda hoje ou na quarta-feira (15) para discutir os cenários da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o fechamento da peça orçamentária de 2026.
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Segundo Haddad, o encontro servirá para apresentar ao presidente as implicações de cada alternativa fiscal, sem antecipar se haverá mudança da meta ou cortes de despesas. “Eu vou ligar para ele, porque o presidente pediu que, saindo daqui, eu o procurasse para ver se conseguimos encaixar uma conversa. Está tudo tranquilo em relação a isso. Eu só quero levar ao conhecimento dele as consequências de cada um dos cenários que ainda estão em aberto.”
O ministro explicou que a equipe econômica está avaliando os efeitos de diferentes combinações de receita e despesa no resultado fiscal e que qualquer decisão será tomada de forma “transparente e dentro dos princípios constitucionais”.
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“Cada cenário tem uma consequência. Eu preciso explicar para ele quais serão as implicações de encaixe entre receita e despesa. Assim que o Congresso decidir, poderemos fechar a peça orçamentária respeitando todos os parâmetros legais”, destacou.
Questionado sobre uma possível mudança na meta fiscal, o titular da Fazenda evitou confirmar a hipótese, limitando-se a dizer que “cada cenário está sendo avaliado com cuidado”.
Durante a coletiva, o ministro também foi questionado sobre o projeto que abre espaço fiscal de R$ 1,2 bilhão e deve ser votado no Senado ainda nesta semana, de autoria do senador Carlos Viana (PSD-MG).
Haddad não comentou o mérito da proposta, mas reiterou que o governo busca manter responsabilidade fiscal sem comprometer programas sociais e investimentos estratégicos. “Nós temos que reportar ao presidente todos os cenários possíveis. O importante é garantir previsibilidade e responsabilidade na condução da política econômica”, concluiu.
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