
Um dia após se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou confiança em uma rápida resolução para as disputas comerciais entre os dois países. Segundo ele, negociadores de Brasil e EUA já receberam a missão de construir, nos próximos dias, as bases de um acordo “satisfatório” para equacionar as tarifas impostas às exportações brasileiras.
“Logo, logo não haverá problema entre Estados Unidos e Brasil. O que interessa numa mesa de negociação é o futuro, é o que você vai negociar para frente. A gente não quer confusão, a gente quer negociação. A gente não quer demora, quer resultado”, afirmou o petista, durante conversa com jornalistas no fim de sua viagem pelo leste asiático.
De acordo com o presidente, as equipes técnicas de ambos os governos deverão iniciar conversas formais ainda nesta semana. O objetivo, segundo ele, é encontrar uma solução “rápida e equilibrada” que preserve os interesses dos dois países e reduza as tensões provocadas pelas medidas tarifárias adotadas por Washington.
Fontes do Planalto indicam que os principais entraves envolvem o setor do aço e produtos agrícolas, áreas historicamente sensíveis nas relações comerciais bilaterais.
“Respeito acima de ideologias”
Lula fez questão de destacar o tom cordial do encontro com Trump e minimizou as diferenças ideológicas entre os dois líderes. Para o presidente brasileiro, o respeito mútuo é o ponto de partida para o avanço das tratativas.
“Fiz questão de dizer ao presidente Trump que o fato de termos posições ideológicas diferentes não impede que dois chefes de Estado tratem a relação com muito respeito. Eu o respeito porque ele foi eleito pelo voto democrático do povo americano e ele me respeita porque fui eleito pelo voto democrático do povo brasileiro. Com isso colocado na mesa, tudo fica mais fácil”, enfatizou.
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