O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota na noite desta quarta-feira (1º/10) deplorando a interceptação de uma flotilha humanitária por Israel. Estavam nos barcos 15 brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). O grupo levaria ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
Segundo o governo federal, a ação israelense coloca em risco a integridade de manifestantes pacíficos. O Itamaraty reforçou ainda que Israel deve desfazer qualquer tipo de bloqueio à ajuda humanitária em Gaza, em acordo com a legislação internacional.
"Diante das primeiras notícias de detenção de nacionais brasileiros a bordo de embarcações da flotilha, entre eles a deputada federal Luizianne Lins, o Brasil recorda o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e ressalta o caráter pacífico da flotilha", disse a nota.
"O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas", acrescentou.
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A Flotilha Global Sumud reuniu ativistas de 40 países para levar alimentos e remédios para a Faixa de Gaza. Porém, a Marinha de Israel interceptou dois dos barcos, um dos quais transportava os brasileiros. Além de Luizianne, estava presente o ativista Thiago Ávila.
Embaixada presta assistência
"(O governo) Reitera, nesse contexto, exortação pelo levantamento imediato e incondicional de todas as restrições israelenses à entrada e distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em consonância com as obrigações de Israel, como potência ocupante, à luz do direito internacional humanitário.
O Itamaraty disse ainda, no comunicado, que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato permanente com as autoridades israelenses para prestar assistência aos brasileiros detidos.
