Segurança Pública

Motta defende voto distrital misto para barrar influência do crime organizado

Presidente da Câmara anunciou que debate sobre mudança no sistema eleitoral será prioridade para 2030. "Irei colocar na ordem do dia a partir de agora", declarou

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu, nesta sexta-feira (31/10), a adoção do voto distrital misto como alternativa para evitar a eleição de representantes ligados ao crime organizado. O parlamentar afirmou que pretende colocar o tema na pauta de debates da Casa, com foco nas eleições de 2030.

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“Essa é uma pauta que eu irei colocar na ordem do dia a partir de agora. Esperei passar a data que marca o princípio da anualidade para a eleição de 2026 justamente para mostrar que não queremos mudar o sistema para a próxima disputa. Nenhum parlamentar gosta de alterar o modelo pelo qual foi eleito”, declarou Motta em entrevista à GloboNews.

Segundo ele, o debate sobre o novo sistema deve ocorrer com tempo e planejamento, de forma a consolidar uma proposta sólida para as eleições seguintes. “Eu penso que é plenamente possível, para 2030, estudarmos uma mudança no sistema eleitoral. Caso contrário, corremos o risco de ter parlamentares sendo eleitos pelo crime organizado”, alertou o presidente da Câmara.

O voto distrital misto, modelo citado por Motta, combina a votação por distritos geográficos em que cada região elege seus próprios representantes, com a escolha por listas partidárias. A proposta, segundo o deputado, busca aproximar eleitores e candidatos, além de reduzir a influência de grandes estruturas financeiras nas campanhas.

“Para evitar essa entrada mais forte do crime organizado na política, e consequentemente nos espaços de decisão do país, precisamos discutir essa mudança no sistema eleitoral”, afirmou. Motta disse ainda que há um movimento crescente dentro do Congresso e entre setores da sociedade civil em favor da proposta.

“Que a gente tenha condições de fazer a divisão de distritos, termos também o voto em lista e, com isso, preservar a política do financiamento proveniente de atividades ilícitas, como ocorre hoje com o crime organizado”, concluiu.

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