
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) apresentou, na noite de segunda-feira (3/11), o relatório sobre o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com renda de até R$ 5 mil. O parecer, entregue à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mantém integralmente o texto aprovado pela Câmara dos Deputados.
A expectativa é que a proposta seja votada pela CAE nesta terça-feira (4) e, em seguida, encaminhada ao plenário do Senado. Se não houver alterações, o projeto seguirá diretamente para sanção presidencial.
Renan Calheiros rejeitou mais de 100 emendas apresentadas pelos senadores, mantendo o conteúdo integral do projeto aprovado pelos deputados. O texto prevê a compensação fiscal da isenção por meio da criação de um imposto mínimo de 10% sobre rendimentos superiores a R$ 600 mil mensais e sobre dividendos acima de R$ 50 mil por mês. Também haverá tributação de 10% sobre dividendos enviados a empresas no exterior.
Para compensar possíveis perdas de arrecadação em municípios, o texto prevê repasses trimestrais automáticos da União. A regra busca equilibrar o impacto fiscal da medida em cidades cuja base de contribuintes será afetada pela ampliação da faixa de isenção.
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O projeto também estabelece que dividendos apurados em 2025 não serão tributados, mesmo que pagos nos anos seguintes. Assim, empresas poderão efetuar a distribuição de lucros aprovados até 31 de dezembro de 2025 sem incidência de imposto, desde que o pagamento ocorra entre 2026 e 2028. Se aprovado sem alterações, o projeto seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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