Terras indígenas

Presidente da Funai alerta para falta de servidores no órgão

Joenia Wapichana disse que o MGI já autorizou mais 170 vagas para a Funai

A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, afirmou que o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) autorizou mais 170 vagas para a Funai. O órgão está recebendo agora 502 novos servidores, mas de acordo com Wapichana, o número não seria suficiente devido aos servidores que deverão se aposentar em breve. 
"Estamos aguardando novos servidores com esse concurso que se aprovou de 502 (servidores). A gente já fez o pedido, que não vai ser suficiente. Nossos servidores estão quase se aposentando, quase todos e nós temos essa demanda porque a gente quer demarcar. A gente tá recebendo esses novos servidores, estão chegando aos poucos. Já fomos autorizados pelo MGI para receber mais 170 e estamos aguardando eles tomarem posse. Com isso vai ser possível a gente ter mais esse trabalho em campo de demarcação física", afirmou a presidente.

A fala foi feita durante a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, neste domingo (2/11), à Aldeia Vista Alegre do Capixauã, localizada na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará. Lula estava acompanhado das ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, além de representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Amazônia.

Wapichana agradeceu a gestão do presidente Lula, porque de acordo com a presidente da Funai, a gestão dele permitiu a demarcação de novas terras indígenas. "Queria reforçar que a Funai está no processo, graças ao nosso presidente Lula, para ser reconstruída. A gente que assumiu esse cargo, está com uns 3 anos e a gente está junto com os povos indígenas", comemorou. De acordo com a presidente do órgão, mais duas demarcações físicas deverão ser realizadas no primeiro semestre do ano que vem.

Promessas

O presidente Lula recebeu uma carta com demandas da Aldeia Vista Alegre do Capixauã, contudo, antes de ler o documento, estranhou a falta de luz. O presidente, então, prometeu que levará energia elétrica através de placas solares para a comunidade. 
"Você poderia explicar uma coisa que eu estranhei, pensei que tinha energia porque estou vendo uma luz acesa aqui e vi que todo mundo se queixou de energia. Hoje a energia é a coisa mais fácil para a gente fazer, porque podemos fazer placa solar, a gente pode preservar o ambiente, pode trazer energia para vocês. E eu prometo, não sei o que tem no documento que você vai me entregar, porque não recebi, mas prometo que vocês vão ter energia aqui na comunidade", afirmou o presidente Lula.

COP30

A visita é um dos compromissos preparatórios da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) no Pará. O presidente Lula chegou no último sábado (1º/11) e deve ficar até o final da Cúpula de Chefes de Estado marcada para os dias 6 e 7 de novembro, em Belém.

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