A CPI do Crime Organizado vai ouvir nesta terça-feira (18/11) o diretor-geral da Policia Federal, Andrei Rodrigues, e o diretor de Inteligência Policial da corporação, Leandro Almada da Costa. As oitivas, solicitadas pelo relator Alessandro Vieira (MDB-SE), iniciam a fase de coleta de informações do colegiado, instalado no início de novembro por determinação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para mapear a expansão e a atuação de facções e milícias no país.
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A participação dos dirigentes ocorre em meio ao esforço dos senadores para compreender o avanço das organizações criminosas e a articulação das forças de segurança. Os parlamentares devem abordar, entre outros temas, a megaoperação realizada no fim de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas.
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Presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), a CPI é composta por 11 titulares e sete suplentes e tem prazo de 120 dias para apresentar conclusões. O relator Vieira afirma que o depoimento da cúpula da PF é a chave para detalhar o grau de infiltrações das facções no estados e para compreender como funcionam as redes de lavagem de dinheiro usadas por grupos de atuação.
Na quarta-feira (19), o colegiado também ouvirá o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais, e o promotor Lincoln Gakiya, referência no combate ao PCC. Ambos devem contribuir para o diagnóstico sobre a cooperação entre as diferentes forças de segurança e a efetividade de operações como a Carbono Oculto, que reuniu PF, Receita Federal e Ministério Público de São Paulo contra um esquema de lavagem de recursos por meio de fintechs e postos de combustíveis.
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Paralelamente, a CPI analisa pedidos de convocação de nomes considerados estratégicos para desvendar o comando do crime organizado. Entre eles está Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado como sucessor de Marcola no PCC. O requerimento, apresentado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), cita suspeitas de que o criminoso mantinha trânsito internacional facilitado por suposta atuação em representação diplomática e tinha conexões no Paraguai, na Bolívia e em países africanos.
Do Val também apresentou pedidos para ouvir outros integrantes da cúpula da facção, como “Fuminho”, aliado de Marcola no tráfico internacional; “Julinho Carambola”, tido como braço direito do líder; e “Beto Louco”, investigado em esquema bilionário de lavagem no setor de combustíveis. Os senadores avaliam que esses depoimentos podem ajudar a identificar o modus operandi das organizações e subsidiar propostas de aperfeiçoamento da legislação.
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Diretores do corporação serão ouvidos na terça-feira (18/11) em sessão que marca o início efetivo das investigações do colegiado
