Congresso

CPMI do INSS tem bate-boca entre base e oposição; acompanhe

Parlamentares da base governista e da oposição trocaram acusações e se chamaram de "mentirosos". Comissão que investiga descontos ilegais em benefícios do INSS ouve nesta terça (18/11) ex-dirigentes de associações

A sessão da CPMI do INSS desta terça-feira (18/11) começou antes mesmo dos depoentes chegarem. Parlamentares da base governista e da oposição trocaram acusações e se chamaram de “mentirosos”. O senador Rogério Correia (PT-MG) classificou a provocação como um “desespero dos bolsonaristas” para atrasar o início dos trabalhos.

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Após a discussão, a comissão retomou as atividades com o depoimento de João Carlos Camargo Júnior, sócio-administrador da Mkt Connection Group. O nome dele aparece nos pedidos de convocação por causa de repasses feitos pela entidade Amar Brasil, investigada por cobranças não autorizadas em benefícios do INSS, para a empresa da qual ele é responsável.

Logo apos será ouvido o depoimento da advogada Cecília Rodrigues Mota, ex-presidente de duas das principais entidades investigadas pela Operação Sem Desconto: a Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen) e a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB).

Apontada como peça central no funcionamento das organizações, Cecília é alvo de 10 pedidos de convocação. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União afirmam que as entidades teriam sido beneficiadas por descontos irregulares aplicados a aposentados e pensionistas, num esquema que já soma um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões.

O senador Izalci Lucas (PL-DF), autor de um dos requerimentos, destacou que tanto a Aapen quanto a AAPB tiveram bens bloqueados a pedido da Advocacia-Geral da União por “infrações gravíssimas” à Lei Anticorrupção. Para ele, ouvir a ex-dirigente é essencial para compreender a cadeia de decisões que, segundo as investigações, transformou as duas associações em pilares de um esquema voltado a explorar financeiramente “beneficiários vulneráveis”.

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