A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado iniciou seus depoimentos nesta terça-feira (18), com o senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da comissão, garantindo que os trabalhos de investigação serão conduzidos de forma estritamente técnica. Contarato destacou a independência da comissão, afirmando que os membros atuarão “sem fazer juízos prévios” e sem se deixar envolver por disputas políticas.
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Em declaração categórica, o senador assegurou que a CPI não foi criada para “servir de escudo a quem quer que seja”. Ele enfatizou que o compromisso da comissão é unicamente com a verdade, com os fatos e com o interesse da população brasileira. Contarato reforçou ainda que “a CPI não tem lado”, nem preferência institucional, e não possui compromisso com governos, órgãos ou figuras públicas.
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A abrangência da investigação será ampla, com a promessa de que “ninguém será poupado”. O presidente da comissão afirmou que o trabalho irá identificar se houve falhas institucionais ou envolvimento de agentes públicos. Políticos, autoridades, empresários ou qualquer pessoa associada ao crime, não importando seu escalão, cargo, poder ou visibilidade, serão investigados, expostos e terão seus casos encaminhados.
O primeiro convidado a ser ouvido pela CPI foi o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. O diretor de Inteligência Policial, Leandro Almada, também convidado pela comissão, não compareceu à sessão desta terça-feira. Contarato reiterou a necessidade do depoimento de Almada e determinou que a oitiva seja remarcada para a próxima semana.
Em seu discurso, o presidente da CPI também abordou a tramitação do Projeto de Lei (PL) Antifacção, previsto para ser pautado para votação na Câmara dos Deputados ainda hoje. Contarato comentou que a construção legislativa envolveu ajustes, tensões, consensos e dissensos, resultando em “várias versões do relatório”, algumas criticadas e outras elogiadas, inclusive por ele, seja por aperfeiçoarem o texto ou por endurecerem pontos essenciais.
Apesar do contexto político, o senador fez questão de registrar que a CPI do Crime Organizado não está subordinada ao clima político ou às disputas que envolvem o PL Antifacção. Contarato reforçou o ponto fundamental de que a tarefa da comissão permanece sendo técnica, investigativa e totalmente independente.
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