A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada neste sábado (22/11), repercutiu amplamente na imprensa internacional. Jornais e emissoras estrangeiras acompanharam o caso desde o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido em setembro.
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No Reino Unido, o The Guardian lembrou que, nos dias anteriores, crescia a discussão no Brasil diante da possibilidade de Bolsonaro ser levado ao Complexo Penitenciário da Papuda.
Nos Estados Unidos, o The Washington Post divulgou que a prisão ocorre a poucos dias do início do cumprimento da pena de 27 anos determinada pelo STF, relacionada à tentativa de golpe de Estado.
A emissora France 24, da França, lembrou que Bolsonaro já havia sido condenado no início do ano pela tentativa frustrada de se rebelar contra a ordem democrática e que agora aguarda novos desdobramentos judiciais.
Na Argentina, o Clarín destacou que a defesa do ex-presidente havia pedido ao STF, na véspera da prisão, autorização para que a pena fosse cumprida em regime domiciliar por motivos de saúde.
A rede Al Jazeera, do Catar, disse que Bolsonaro foi detido poucos dias antes da execução da pena e mencionou que ele estava em prisão domiciliar desde agosto, medida considerada excepcional no caso.
Entenda a prisão
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22/11), na casa dele, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido agora na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde aguarda audiência de custódia, marcada para este domingo.
A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela Polícia Federalao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido.
A prisão preventiva de Bolsonaro não tem relação direta com a condenação na trama golpista, mas, sim, com a quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.
